Fernando Haddad (PT), o ministro da Fazenda, abordou os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 1º de setembro de 2023.
No 2º trimestre de 2023, a economia brasileira registrou um crescimento de 0,9%, superando as expectativas do mercado financeiro, que eram de 0,3%. Em comparação com o mesmo período de 2022, o PIB do Brasil apresentou um aumento de 3,4%. No acumulado do 1º semestre de 2023, o crescimento foi de 3,7%.
"A gente fica feliz que as projeções do início do ano, feitas pelo Ministério da Fazenda, que era um crescimento superior a 2%, estão sendo superadas, e o crescimento do PIB desse ano deve atingir a marca de 3%", disse o ministro da Fazenda.
"Eu quero lembrar que, nessa mesma época, as projeções médias do mercado eram de um crescimento inferior a 1%. Portanto, em relação ao que estava sendo projetado para a economia brasileira no começo do ano pelo mercado, nós estamos com um crescimento três vezes superior ao que estava sendo pensado", disse Haddad.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também enfatizou que os resultados do PIB brasileiro estão fortalecendo a agenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Este governo enviou um conjunto de medidas ao Congresso Nacional com o objetivo de reorganizar a situação econômica do país.
Entre as medidas destacadas por Haddad estão o novo arcabouço fiscal, que já recebeu aprovação na Câmara dos Deputados, e a reforma tributária, que atualmente está em tramitação no Senado Federal. O ministro expressou sua disponibilidade para colaborar com as lideranças do Congresso Nacional a fim de que as demais medidas avancem.
"Tem muito trabalho pela frente para a gente consolidar o marco fiscal e as projeções para o ano que vem. Há ainda, com naturalidade, muitos questionamentos sobre como vai ser o ano de 2024. Mas eu tenho segurança de que, se nós aprovarmos esse conjunto de medidas que foi para a Câmara dos Deputados, nós vamos continuar colhendo os frutos de uma melhoria na percepção da economia brasileira", prosseguiu.
O ministro reforçou que outros projetos em tramitação no Congresso podem ajudar a destravar o ambiente de negócios no país. Em específico, Haddad citou a proposta chamada de Marco Legal das Garantias, que trata das condições exigidas para realização de penhora, hipoteca ou em caso de transferência de imóvel para pagamento de dívida (alienação fiduciária).
O Senado aprovou há cerca de um mês o projeto, mas como o conteúdo da matéria foi alterado pelos senadores, o projeto terá de passar por mais uma rodada de votação na Câmara.
"Nós entendemos que o Marco de Garantias pode alavancar o mercado de crédito no Brasil de forma importante e vai coincidir com a segunda fase do programa Desenrola, que ocorrerá no mês de agosto. [...] Se o Marco de Garantias estiver aprovado, nós podemos incrementar o consumo das famílias, que estarão menos endividadas e com maior poder de compra", disse.