O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou hoje (4) que o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre foi surpreendente ao evidenciar crescimento.
Além disso, ele solicitou ao Banco Central que continue desempenhando suas funções, referindo-se especificamente ao processo de redução da taxa básica de juros da economia.
Fernando Haddad encontra-se na Alemanha acompanhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido por suas críticas aos juros elevados. O Banco Central iniciou a redução da taxa básica da economia em agosto deste ano, implementando três cortes consecutivos, levando-a a 12,25% ao ano - o menor nível desde maio de 2022. Há expectativas no mercado de uma nova redução neste mês, para 11,75% ao ano.
O ministro reafirmou a estimativa, divulgada em novembro pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, de que a economia vai crescer 3% neste ano. E também projetou uma expansão de 2,5% para a economia em 2024 - maior do que a projeção oficial da pasta, de 2,2%.
"Nós tivemos um PIB positivo, mas fraco, mas com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que neste ano nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem. Mas o Banco Central precisa fazer o trabalho dele", afirmou o ministro Fernando Haddad.
Mais cedo nesta terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB do Brasil cresceu 0,1% no 3º trimestre de 2023. O resultado surpreendeu o mercado, que projetava uma retração de 0,2%. Para o órgão, o PIB deve mostrar novo crescimento no quatro trimestre deste ano.
"A indústria tende a se beneficiar com a redução nos custos do crédito, com os programas de estímulo ao investimento e de construção de moradias populares (como PAC e MCMV), e com os estímulos à atividade na China", informou.