Haddad se reúne com Campos Neto em meio a briga contra os altos juros

O ministro havia criticado o líder do BC, afirmando que não faz sentido manter a taxa perto de 14%, quando as projeções de inflação estão abaixo de 6%.

Haddad havia criticado o líder do BC pela opção em entrevista à GloboNews, afirmando que não faz sentido manter a taxa perto de 14%, quando as projeções de inflação estão abaixo de 6%. | Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se encontrou na última segunda-feira (3) com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para discutir vários temas, mas principalmente a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom)

Haddad havia criticado o líder do BC pela opção em entrevista à GloboNews, afirmando que não faz sentido manter a taxa perto de 14%, quando as projeções de inflação estão abaixo de 6%.

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No entanto, após o encontro com Campos Neto, Haddad declarou que a reunião havia sido "muito boa" . Ele também sinalizou que enxerga espaço para cortes na taxa de juros, de modo a garantir que a economia brasileira se reestabilize. Para Haddad, os efeitos da PEC de Transição não serão suficientes para impulsionar o crescimento, tornando o corte nos juros necessário para ampliar o espaço para investimento público e privado.

"Na minha opinião, tem espaço para cortes. Quando vai ser esse corte? Eu não sei, eu não estou lá dentro. Tem um espaço para corte suficiente para garantir que a economia brasileira se reestabilize", disse ao Canal GloboNews. 

O encontro ocorreu em meio à discussão sobre a reforma tributária e a crise econômica causada pela pandemia de Covid-19.

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