Imagem do presidente vende desde dólar falso a molho de pimenta nos Estaos Unidos

Vendas de produtos ligados ao futuro líder dos EUA aquece economia da capital.

Indústria Obama atrai negócios e turistas nos EUA | Divulgação
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São poucos os setores da economia americana que atualmente prosperam. Mas a "indústria Obama" é uma das únicas que parece oferecer lucros quase garantidos.

Atualmente, a imagem do presidente eleito do país é usada nos Estados Unidos para vender desde bonecos e roupas infantis até sabonetes e garrafas de champanhes.

Muitos empresários de Washington estão conseguindo contornar a crise graças à venda de memorabilia ligada a Obama.

A notícia de que a cidade espera receber mais de 2 milhões de visitantes durante a posse de Obama na terça-feira soa como música para James Warlick, proprietário da loja de souvenires presidenciais Presidential Americana.

Warlick aguarda cerca de 10 mil visitantes ao longo desta semana em suas cinco lojas espalhadas pela capital americana.

Enquanto homens de negócios em diferentes partes do país estão tendo de fechar algumas de suas sedes e demitindo funcionários, Warlick conta estar contratando e abrindo novas unidades.

A mais recente sede da Presidential Americana foi inaugurada há seis meses.

" Ele (Obama) teve um impacto muito positivo em nossa economia. Eu venho investindo nesse setor (de souvenires presidenciais) há muito tempo, mas nunca houve nada parecido. Agora, estamos no lugar certo, na hora certa", disse Warlick à BBC Brasil.

Dormindo com Obama

A empresária Lynn Skynear, dona da loja de móveis sofisticados Skynear & Co conta ter sofrido uma queda em seu faturamento de quase 40% nos últimos dois anos.

Mas comenta que graças a Obama ela está "conseguindo se manter na superfície".

Sua loja oferece diversos produtos bem-humorados usando a imagem do próximo presidente, como as camisas de dormir femininas Sleeping with Obama (Dormindo com Obama) ou os aventais Cooking with Obama (Cozinhando com Obama), além de gorros, luvas e xales estampados com a imagem do novo líder americano.

"As pessoas não estão exatamente brigando para comprar móveis hoje em dia. Mas essa nossa "indústria Obama surgiu", basicamente, graças a ele. Michelle (Obama) que me desculpe, mas todo mundo quer um pedacinho de Obama", brinca Lynn Skynear.

William Hanbury, presidente do Destination DC, o órgão de turismo de Washington DC, diz ser impossível dar uma estimativa aproximada de quanto a cidade espera faturar com a posse presidencial.

"Mas será algo na faixa de centenas de milhões de dólares, uma quantia que vai superar uma Copa do Mundo ou um Superbowl (a final do campeonato de futebol americano)", disse Hanbury à BBC Brasil.

Arrecadação de impostos

Autoridades de Washington estimam que, graças à posse a cidade irá faturar 30% a 40% a mais em impostos no mês de janeiro.

Para Hanbury, os lucros de Washington não terminam com a posse de Obama.

"Essa energia não vai parar por aqui. Muitas pessoas que se sentiram inspiradas e energizadas por esse presidente eleito vão querer voltar à cidade. Se com este frio está assim, imagine quando o tempo estiver bom", afirma, em referências à frente fria que vem atingindo a cidade, com temperaturas abaixo de 10 graus negativos.

O órgão de turismo de Washington já olha até para o exterior. Há seis meses, o Destination DC abriu sua primeira sede brasileira, em São Paulo.

"No ano passado, a cidade recebeu 60 mil brasileiros. Não é pouca coisa, mas neste ano, com Obama, esperamos receber ainda mais", comenta Hanbury.

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