Lançada em janeiro deste ano, a nova política industrial do Governo Federal contará com um investimento de R$ 300 bilhões em financiamentos até 2026.
O que você precisar saber: A nova política industrial, apresentada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante uma reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem como objetivo orientar o desenvolvimento sustentável e inovador do setor até 2033.
Os recursos serão administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Finep e Embrapii, e serão disponibilizados por meio de várias linhas específicas, incluindo recursos não reembolsáveis ou reembolsáveis, além de investimentos no mercado de capitais, alinhados com as metas de promover a neoindustrialização nacional.
O que esse projeto abarca: O programa inclui uma variedade de instrumentos estatais, como linhas de crédito especiais, medidas regulatórias, políticas de propriedade intelectual, e uma política de obras e compras públicas para incentivar o conteúdo local e estimular a produção. Além disso, a política busca a desburocratização para melhorar o ambiente de negócios, com 41 projetos, 17 dos quais serão executados nos próximos dois anos pelo CNDI, visando enfrentar os principais desafios identificados pelo setor produtivo e melhorar a produtividade, competitividade e ambiente de investimento das empresas brasileiras.
Prioridades e metas: As prioridades e metas da Nova Indústria Brasil incluem a criação de cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para garantir a segurança alimentar, nutricional e energética, o desenvolvimento de um complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde, a promoção de infraestrutura sustentável, saneamento, moradia e mobilidade para integrar a produção e o bem-estar nas cidades, a transformação digital da indústria para aumentar a produtividade, a promoção da bioeconomia e segurança energética, e o avanço das tecnologias de interesse nacional para a soberania e defesa do país.
Na prática: Por exemplo, o governo visa alcançar metas como a mecanização de 70% dos estabelecimentos de agricultura familiar, o suprimento de pelo menos 95% do mercado por máquinas e equipamentos de produção nacional, a redução das emissões de CO2 na indústria em 30%, e o aumento para 50% da participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes até 2033.