Cosm?ticos antienvelhecimento, cremes masculinos de limpeza e hidrata??o, filtro solar e produtos para cabelos ganham participa??o cada vez maior na lista de compras do consumidor de baixa renda. O sal?rio de R$ 400 que Leilane Santos, de 26 anos, ganha como dom?stica ? apertado e a maior parte serve para ajudar a fam?lia. Mesmo assim, ela n?o deixa de separar todo m?s R$ 30 do que recebe para comprar um creme preventivo para rugas.
O eletricista Jos? Valmir Neves de Almeida, de 27 anos, com renda mensal de R$ 800 para sustentar ele e a mulher, tamb?m inclui na lista de compras de supermercado do casal cremes de limpeza de pele, hidratante, filtro solar e ?leo de am?ndoa.
S?o consumidores de baixa renda como a empregada dom?stica Leilane Santos, o eletricista Jos? Valmir e a mulher que mobilizam as grandes redes de supermercados para investir na ?rea de cosm?ticos e ajudam a engordar a receita da ind?stria da beleza, que deve movimentar este ano algo em torno de R$ 19,8 bilh?es.
?O mercado dobrou o faturamento e, em alguns casos, o volume de vendas, na compara??o com cinco anos atr?s, em v?rias categorias de produtos?, diz o presidente da Associa??o Brasileira da Ind?stria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosm?ticos (Abihpec), Jo?o Carlos Bas?lio.
As vendas de cremes, por exemplo, devem somar R$ 1,7 bilh?o at? o fim do ano, um aumento de 153% ante 2002. J? os produtos para cabelos v?o saltar de R$ 2,4 bilh?es em 2002 para cerca de R$ 5,5 bilh?es este ano, um crescimento de 127%. O Brasil ? o terceiro maior mercado mundial no consumo de produtos de beleza (nacionais e importados). Ele conquistou o posto que era da Fran?a em 2006 e est? atr?s apenas do Jap?o e Estados Unidos.
Os lan?amentos mais acess?veis para um p?blico com o or?amento apertado t?m ajudado o crescimento dessa ind?stria. Uma pesquisa da Nielsen revela que a participa??o de tinturas de cabelo de baixo pre?o, por exemplo, j? representa 52,4% das vendas nos primeiros seis meses de 2007.