A inflação percebida por famílias de baixa renda avançou entre fevereiro e março, segundo indica o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 - (IPC-C1), apurado entre famílias com renda mensal até 2,5 salários mínimos. De acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (12), a taxa passou de 0,25% para 0,55% em março. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 5,09%.
Em março, a inflação apurada entre famílias mais ricas, pesquisadas no Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR) - que abrange rendas de até 33 salários mínimos mensais, variou 0,60%, acima da taxa da baixa renda. Nos últimos 12 meses, ficou em 5,50%, nível também acima do registrado pelo IPC-C1.
Das oito classes de despesa que integram o cálculo do IPC-C1, cinco registraram avanço: alimentação (de -0,04% para 0,62%), habitação (de 0,38% para 0,72%), saúde e cuidados pessoais (de 0,39% para 0,77%), vestuário (de -0,04% para 0,59%) e educação, leitura e recreação (de 0,16% para 0,75%).
Dentro desses grupos, as maiores contribuições partiram das variações de preços de carnes bovinas (de -3,48% para -0,54%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 1,68%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,39% para 1,57%), roupas (de -0,23% para 0,58%) e show musical (-0,63% para 2,31%).
Já a variação de preços do grupo despesas diversas se manteve em 0,27%. A principal influência positiva partiu do item serviço religioso e funerário (0,89% para 1,65%). Na contramão, registraram desaceleração a variação dos grupos transportes (de 0,71% para 0,13%) e comunicação (de 0,06% para -0,34%), com influências partindo de tarifa de ônibus urbano (de 0,78% para 0,10%) e tarifa de telefone residencial (de 0,06% para -1,07%).