Os preços para a população de baixa renda do país subiram menos em dezembro de 2013 do que no mês anterior, segundo uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada nesta quinta-feira (9).
O Índice de Preços ao Consumidor ? Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação de preços para famílias com renda de até 2,5 salários mínimos mensais, mostrou um avanço de 0,56% no mês passado, após alta de 0,65% em novembro.
Com isso, o indicador fechou o ano de 2013 com expansão de 4,98%.
O teto da meta de inflação do governo federal, que utiliza como base o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 6,5%. Em dezembro, segundo o IBGE, a prévia da inflação oficial acumulou uma alta maior, de 5,85%.
Em dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor ? Brasil (IPC-BR), referente às famílias com renda mensal de até 33 salários mínimos, registrou uma variação positiva de 0,69% e, em 12 meses, acumulou alta de 5,63%, nível acima do registrado pela inflação da população de baixa renda.
Dos oito grupos de despesas pesquisados pela FGV no IPC-C1, a maioria registrou variações menores. Em habitação, a taxa passou de 0,77% para 0,54%; em alimentação, de 0,80% para 0,71%; em despesas diversas, de 1,26% para 0,48%; em comunicação, de 0,77% para -0,02%; em vestuário, de 0,78% para 0,52%; em saúde e cuidados pessoais, de 0,43% para 0,37%; e em educação, leitura e recreação, de 0,51% para 0,45%.
Dentro desses grupos, os destaques ficaram com a tarifa de eletricidade residencial, que passou de 1,87% para 0,34%; laticínios, de -1,75% para -4,14%; cigarros, de 1,93% para 0,68%; telefonia móvel, de 1,42% para 0,26%; roupas, de 0,97% para 0,61%; artigos de higiene e cuidado pessoal, de 0,68% para 0,26%; e passagens aéreas, de 21,82% para -10,73%.
Apenas o grupo de gastos com transporte mostrou maior taxa de variação: foi de uma queda de 0,03% para uma leve alta de 0,67%. A principal influência para esse avanço de preços partiu da gasolina, cujo índice subiu de -0,20% para 4,04%.