A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou em novembro e segue acima do teto da meta do governo, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (23). Em novembro a alta foi de 0,46% (ante 0,42% em outubro) , chegando a 6,69% no acumulado dos últimos 12 meses. O teto da meta perseguida pelo governo no ano é de 6,50%.
Os preços dos Alimentos voltaram a subir, passando de 0,52% em outubro para 0,77% em novembro, o que representou um impacto de 0,18 ponto percentual no índice. Vários produtos mostraram alta, destacando-se a batata inglesa (de -3,65% em outubro para 12,43% em novembro), café moído (de 2,81% para 3,13%) e tomate (-6,27% para 3%).
Os preços dos artigos de Vestuário também registraram acréscimo, indo a 0,87%, após a taxa de 0,38% de outubro. Despesas pessoais avançou a alta para 0,82% em novembro, contra 0,22% em outubro; e Comunicação subiu 0,36% neste mês, ante estabilidade no anterior.
Em contrapartida, o grupo Transportes desacelerou, indo de elevação de 0,57% em outubro para variação positiva de 0,02% em novembro, ajudando a segurar o IPCA-15 do mês.
Entenda
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial da inflação no país. Como realiza a medição de preços em um período não calculado pelo IPCA, mostra qual será a tendência do resultado do final do mês.
Além disso, o IBGE tem uma comparação mais precisa da alta e queda dos preços, pois a cada 15 dias um dos índices é divulgado. A coleta de dados para a medição do IPCA e do IPCA-15 é uma só. O que muda é o período analisado em cada um dos itens.