A inflação para consumidores de baixa renda - com rendimento entre um e 2,5 salários mínimos mensais – avançou para 0,24% em julho, taxa 0,1 ponto maior que o resultado de junho (0,14%), apontou nesta quarta-feira (5) o resultado do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), divugado pela Fundação Getúlio Vargas. De janeiro a julho, o indicador mostra que a inflação pesou mais para a baixa renda do que para as demais faixas de consumidores.
Enquanto o IPC-C1 tem inflação acumulada de 3,24% em 2009, a variação geral medida pelo Índice de Preços ao Consumidor no mesmo período é de alta de 3,01%. Nos últimos 12 meses, o IPC-C1 tem alta de 3,97%, enquanto o IPC tem variação de 4,67%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, há diferenças no comportamento de consumo das faixas mais baixas de renda: elas dedicam parcelas maiores de seus gastos à alimentação, enquanto as que estão em estratos superiores gastam mais em educação, saúde e lazer.
Segundo levantamento realizado para a elaboração do IPC-C1, nesta faixa de renda estão 9,30% de todos os domicílios situados nas sete capitais dos estados em que a FGV realiza dua pesquisa de preços ao consumidor. Influências Em julho, os gastos com habitação foram os que mais motivaram a aceleração do IPC-C1; a variação do grupo passou de -0,02% para 0,77%.
Em seguida vem os preços de Educação, leitura e recreação (de -0,54% para -0,09%), Saúde e gastos pessoais (de 0,08% para 0,23%) e Transportes (-0,03% para 0,02%). As outras classes de despesa apresentaram desaceleração de preços de junho para julho. É o caso de Alimentação (de 0,31% para 0,02%), Vestuário (de 0,42% para 0,04%) e Despesas Diversas (de 0,24% para 0,20%).