A inflação para as famílias brasileiras com renda entre um e 2,5 salários mínimos perdeu força em maio e recuou para 0,69%, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor ? Classe 1 (IPC-C1) havia ficado em 0,73%.
Os principais responsáveis pela queda da taxa foram os preços dos alimentos: esses produtos ficaram, em média, 0,08% mais baratos no mês, seguindo uma alta de 0,85% em abril. Essa categoria absorve, em média, 40% do orçamento dessa faixa da população e tem por isso forte peso sobre a composição do IPC-C1.
Na passagem de abril para maio, também caíram as taxas de educação, leitura e recreação (de 0,40% para -0,02%) e saúde e cuidados pessoais (de 1,53% para 1,17%). Em contrapartida, tiveram acréscimos em suas taxas de variação, na mesma comparação, os grupos habitação (de 0,27% para 1,27%), vestuário (de 0,39% para 0,78%), transportes (de -0,01% para 0,00%) e despesas diversas (de 4,67% para 7,15%).
Acumulados
Com o resultado de maio, a inflação para a baixa renda acumula alta de 5,55% nos últimos 12 meses. A taxa é a mesma registrada para o conjunto da população, calculada pelo IPC-BR.
De janeiro a maio, no entanto, o IPC-C1 acumula alta de 2,84%, superior aos 2,54% registrados para o conjunto da população.