"Agora, é a vez dos caras enrugadas irem às ruas. Ela (presidente Dilma Rousseff) não gosta dos aposentados. Vamos fazer passeatas em todos os estados", disse, nesta segunda-feira, o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins. Ele ficou indignado ao saber do veto da presidente Dilma Rousseff a um artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que abria a possibilidade de reajuste acima da inflação, para os segurados do INSS que recebem mais do que o salário mínimo. Esse universo é de nove milhões de pessoas.
Warley adiantou que, no dia 1º de setembro, está marcado um encontro com as 22 federações do país:
? Vamos nos mobilizar para pressionar os deputados votarem os nossos projetos. Até outubro, vamos nos reunir com os 10 líderes ? disse.
A pressão se justifica porque a Constituição determina que os vetos presidenciais devem ser avaliados por sessão conjunta do Congresso. Os parlamentares podem derrubar o veto e retomar o texto que aprovaram.
Por conta das eleições, alguns políticos acreditam que o Legislativo não deverá apreciar os 25 vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff à LDO de 2013. O senador Paulo Paim (PT-RS), no entanto, lembra que a votação pode ser feita depois das eleições.
? O período eleitoral vai até outubro. Temos novembro e dezembro, dois meses de atividade. É preciso ter vontade política. Como os aposentados não fazem greve, eles têm que aproveitar o momento eleitoral e pressionar os deputados para votarem os projetos de interesse, que estão há mais de seis anos aguardando votação - disse o senador.