O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mudou o critério para a solicitação de um segundo empréstimo consignado para evitar fraudes e conter abusos cometidos por beneficiários do sistema, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo publicadas nesta quarta-feira. Em entrevista ao jornal, Benedito Adalberto Brunca, diretor de Benefícios do INSS, disse que o instituto quer "coibir abusos de pessoas que ajam de má-fé ou que sejam induzidas ao erro por terceiros e acabem comprometendo sua renda mais do que podem".
Com a mudança, o usuário não vai mais conseguir obter imediatamente a suspensão do desconto de um empréstimo consignado ao alegar ter sido alvo de fraude, o que permitia que o beneficiário contratasse um segundo empréstimo e comprometesse mais de 30% de sua renda com o crédito. Agora, mesmo após a denúncia a margem consignável ficará comprometida com outros créditos e bloqueada durante toda a apuração do caso. Assim, se a pessoa já tiver 10% de sua renda comprometida com um consignado e fizer uma alegação de fraude, poderá usar apenas 20% de sua renda para tomar o novo empréstimo, diz a publicação.