No mês passado, a taxa de juros ao consumidor registrou o menor patamar da série histórica, iniciada em 1995, passando de 6,58% ao mês em dezembro do ano passado, para 6,40% ao mês em janeiro, de acordo com a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Na comparação entre janeiro deste ano e de 2011 houve redução de 0,45 ponto percentual, visto que no primeiro mês de 2011, a taxa média de juros para a pessoa física estava em 6,85% ao mês.
Segundo o coordenador do levantamento, divulgado nesta quinta-feira (16), e vice-presidente da associação, Miguel José Ribeiro de Oliveira, estas reduções podem ser atribuídas a todas as medidas que o Banco Central e a Fazenda vêm promovendo para incentivar o consumo e evitar que a economia se retraia, muito por conta do cenário externo como a crise na Europa.
?Dentro destas medidas destacamos a última redução da Selic promovida pelo Banco Central em 18 de janeiro e a queda do IOF nas operações de crédito?, explica.
Selic e juros ao consumidor
De acordo com dados divulgados pela Anefac, desde dezembro de 2010 até janeiro de 2012 a taxa básica de juro reduziu 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano em no primeiro mês de 2012, enquanto os juros ao consumidor apresentaram uma redução de 9,45 pontos percentuais no mesmo período, chegando a 110,52% ao ano no mês passado.
Segundo Oliveira, a perspectiva é de que a taxa de juros continue a ser reduzida.
?A nossa expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser reduzidas nos próximos meses por conta das prováveis reduções da Selic conforme sinalizações do Banco Central, bem como de todas as medidas que o Banco Central e o Ministério da Fazenda vem promovendo para evitar uma desaceleração forte em nossa economia?, afirma.
Por modalidade
Entre dezembro de 2011 e janeiro deste ano, com exceção dos juros do cartão de crédito, que ficaram estáveis, as outras linhas de crédito acompanhadas pela Anefac apresentaram redução nas taxas médias apuradas no período.
Na comparação com janeiro de 2011, o cheque especial foi a única modalidade a apresentar elevação, de 7,63% ao mês para 8,34% o mês.
A tabela abaixo inclui a taxa média mensal cobrada nas seis modalidades de financiamento para as pessoas físicas acompanhadas pela Anefac, para dezembro de 2011 e janeiro de 2012, assim como a taxa no primeiro mês do ano passado, além da variação em pontos-base: