As condições de financiamento para consumidores e empresas melhoraram em junho, de acordo com a pesquisa mensal de crédito do Banco Central.
A taxa média de juros caiu em relação a maio, depois de seis meses seguidos de alta, para 39,5% ao ano. A inadimplência ficou estável, após cinco altas seguidas, em 5,1%.
Novamente, o volume total de crédito bateu recorde. Chegou a R$ 1,83 trilhão, o equivalente a 47,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Em relação ao mês passado, cresceu 1,6%.
No ano, o maior crescimento foi no crédito para pessoa física com subsídios (14,3%), que inclui os financiamentos habitacionais. A menor expansão foi nos recursos direcionados para empresas (4,1%), na maior parte, dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
JUROS
A queda dos juros se deu tanto para pessoas físicas como jurídicas. Houve recuo nas principais linhas pesquisadas: cheque especial (184,7% ao ano), crédito pessoal (49% ao ano) e veículos (29,8% ao ano).
Essas três linhas registraram pequeno aumento na inadimplência, que foi compensado pela melhora em outras modalidades, como financiamento habitacional e cartão de crédito.
Com isso, o nível de atraso permaneceu em 6,4%, ainda abaixo do verificado há 12 meses, para o consumidor. Para empresas, permaneceu em 3,8%.
A redução dos juros se deve ao recuo do "spread" bancário, parcela que embute despesas e riscos para os bancos, que caiu 0,7 pontos percentuais no mês.
CRÉDITO NOVO
A média diária de concessões de crédito cresceu 4,8% para empresas e 14% para o consumidor em junho em relação a dezembro.
Cresceram acima da média o crédito pessoal (25%), incluindo financiamentos com desconto em folha, cartão de crédito (23%) e cheque especial (17,4%). Os financiamentos de veículos caíram 17% na mesma comparação.
Bancos públicos e privados nacionais registraram aumento de 7,7% no crédito no semestre. Instituições estrangeiras que atuam no país tiveram crescimento de 6,6%.