Um levantamento sobre os juros praticados para a pessoa física no cheque especial e no crédito pessoal apontam para estabilidade, segundo o Procon-SP.
A pesquisa detectou uma pequena queda na taxa média de empréstimo pessoal, a nona consecutiva. Desta vez, porém, apenas dois bancos da amostra reduziram suas taxas e as reduções foram pouco significativas. Quanto ao cheque especial, a taxa média se manteve após oito meses de quedas consecutivas.
No acumulado do ano, a taxa média mensal do empréstimo pessoal apresentou queda de 0,99 ponto percentual, enquanto que no cheque especial a redução foi menor: 0,54 ponto percentual. No empréstimo pessoal a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,26% ao mês, inferior a do mês anterior, que foi de 5,27% a.m... No cheque especial a taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 8,79% a.m., não havendo quaisquer alterações em relação às taxas praticadas em agosto.
As dez instituições financeiras pesquisadas foram Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco. Dos dez bancos pesquisados, dois reduziram suas taxas no empréstimo pessoal; as quedas verificadas foram: Banco do Brasil alterou de 4,48% para 4,38% a.m. e Nossa Caixa alterou de 4,50% para 4,48% a.m..
Os demais bancos mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal. O levantamento deste mês se deu exatamente no último dia da sexta reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em 1º e 2 de setembro, que decidiu pela manutenção da taxa Selic em 8,75%. Na reunião anterior (ocorrida nos dias 21 e 22 de julho), a taxa Selic foi reduzida em 0,50 ponto percentual, passando de 9,25% para 8,75% ao ano. "O Copom interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas e como confirma o resultado da pesquisa essa decisão já era esperada pelo mercado.
Desde janeiro a taxa perdeu cinco pontos percentuais, no entanto o Brasil ainda continua tendo uma das maiores taxas de juros reais do mundo", afirma o Procon. Para o consumidor, a dica é ter cautela. O "spread" (diferença entre o que os bancos pagam para captar recursos no mercado e o que cobram do consumidor), embutido nos juros, continua alto. "Por essa razão, ainda não é a hora mais adequada para tomar empréstimo.
Se for inevitável, o consumidor deve se informar sobre outras formas de financiamento, como por exemplo, a possibilidade de obtenção de crédito com desconto em folha de pagamento, que oferece taxas mais atraentes (o chamado empréstimo consignado)", afirma.