1) Atenção às pegadinhas de linguagem: muitos noticiaram que as taxas de crédito imobiliário da Caixa caíram em até 21%. Vale notar que, na prática, a queda foi de 2,1 pontos percentuais (caiu de 10% para 7,9%) para clientes da Caixa que pretendem financiar imóveis com valor inferior a R$ 500 mil e de 1,8 ponto percentual para os que pretendem financiar imóveis com valor superior a R$ 500 mil (caiu de 11% para 9,2%).
2) Cuidado com as taxas disfarçadas: Para aproveitar as novas ofertas de juros muitos clientes têm que pagar algumas taxas ou tarifas como, por exemplo, a de cadastro. Não se esqueça de levar em conta esses valores quando calcular o custo total do seu financiamento, pois, apesar de passarem quase despercebidas, essas taxas podem aumentar significativamente o custo total do financiamento.
3) Não pague mais só porque há mais crédito: os preços de imóveis tem aumentado muito nos últimos anos nas principais cidades brasileiras. As imobiliárias podem (e devem) aproveitar estas novas taxas de juros para elevar ainda mais os preços dos imóveis. É fundamental que aqueles que pretendem comprar um imóvel o façam por que se planejaram para fazê-lo e não apenas por que o crédito está mais fácil e barato.
4) Preste atenção ao seguro embutido: para ter acesso aos financiamentos com taxas mais atraentes, além de pagar as taxas e tarifas, como a de cadastro, os consumidores são obrigados a comprar um seguro de vida (normalmente oferecido pelo banco ou por alguma seguradora parceira). Atenção ao preço desse seguro, pois este também encarece o financiamento, uma vez que, os bancos se aproveitam da demanda por financiamentos para vender esses seguros por um preço que em alguns casos ultrapassa 10 vezes o valor de mercado dos mesmos, caso fossem vendidos separadamente.
5) Atenção à queda da Selic: um financiamento que cobra uma taxa 7,9% mais Taxa Referencial (TR) pode parecer extremamente oportuno, mas não se esqueça que esse crédito está sendo contratado por um prazo de 20 ou 30 anos e que a Selic deve cair ainda mais nos próximos anos. Hoje ter um financiamento a uma taxa de 7,9% com uma Selic de 9% pode ser muito interessante, mas ter esse custo de 7,5% daqui a 5 ou 10 anos com uma Selic de 7% por exemplo, já não é tão vantajoso.