Juros dos bancos têm maior queda histórica

Diminuição foi causada pelo maior volume de operações com taxas mais baixas

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Os juros médios dos bancos cobrados nas operações ao consumidor caíram de 41,9% (ao ano) em fevereiro, para 41% em março, o menor valor da série histórica iniciada em 1994 pelo BC (Banco Central). A diminuição foi causada pelo maior volume de operações com taxas mais baixas, como os financiamentos para a compra de veículos (23,5% ao ano) e o empréstimo pessoal (42,7% ao ano). O spread, que é a diferença entre o que os bancos pagam para captar o dinheiro e os juros cobrados de seus clientes—recuou de 10,2% para 10,1% ao ano. A inadimplência dos empréstimos, considerados os atrasos superiores a 90 dias, permaneceu em trajetória de redução, ao alcançar 5,2% em março, recuando 0,1 ponto percentual. O percentual de atrasos nos empréstimos realizados com pessoas físicas atingiu 7% e nas operações com pessoas jurídicas, 3,6%, representando quedas mensais de 0,3 ponto percentual e de 0,1 ponto percentual, respectivamente. Empréstimos O crédito para as empresas alcançou R$1,3 bilhões em março, registrando evoluções de 1,3% no mês e de 14,6% no ano. O aumento de 48,6% na procura por crédito habitacional somou R$ 100,8 bilhões no ano, dos quais R$ 95,9 bilhões correspondem a financiamentos feitos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Os empréstimos no geral apresentaram expansão mensal de 0,9%, atingindo R$252 bilhões, com ênfase para os créditos destinados aos ramos automotivo, imobiliário e de energia. Os financiamentos contratados pelo comércio, refletindo o aumento dos negócios relacionados à venda de automóveis, aumentaram 0,6% no mês, alcançando R$138,3 bilhões. Os créditos à indústria atingiram R$307 bilhões, tendo uma expansão mensal de 0,1%, com destaque para as áreas de energia e agroindústria. Os recursos bancários destinados ao setor rural cresceram 0,9%, ao totalizar R$114,9 bilhões, com foco nas contratações voltadas a investimentos. Os financiamentos bancários ao setor público atingiram R$59,1 bilhões, revelando retração mensal de 2,7%. Contribuiu para esse resultado a queda de 6,1% nas operações contratadas com o governo federal, com saldo de R$32,7 bilhões, que evidenciaram, sobretudo, liquidações de contratos com empresas públicas. O crédito relativo a estados e municípios cresceu 1,9% no mês, para R$26,4 bilhões, concentrando-se em operações com empresas de saneamento básico e de habitação.

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