Os europeus já estão testemunhando mudanças significativas nas grandes empresas de tecnologia. O Google alterou a maneira como apresenta certos resultados de pesquisa. A Microsoft não terá mais clientes do Windows utilizando automaticamente o Bing, seu mecanismo de busca na web.
Além disso, a Apple está oferecendo aos usuários de iPhone e iPad acesso, pela primeira vez, a lojas de aplicativos e sistemas de pagamento de concorrentes.
COMO ASSIM? Isso é efeito da nova lei da União Europeia que visa aumentar a concorrência no ambiente digital. A Lei de Mercados Digitais, que entrou em vigor no primeiro minuto desta quinta-feira, exige que as big techs reformulem o funcionamento de alguns de seus produtos para que rivais menores possam ter mais acesso aos seus usuários.
A legislação, aprovada em 2022 prevendo um período para as empresas se adaptarem, ainda está servindo de inspiração para novas leis semelhantes em vários países, inclusive o Brasil.
Por décadas, Apple, Amazon, Google, Microsoft e Meta avançaram sem muitas regras e limites. À medida que seu poder, riqueza e alcance cresciam, uma onda de cercos regulatórios, elaboração de leis e casos legais surgia contra elas na Europa, Estados Unidos, China, Índia, Canadá, Coreia do Sul e Austrália.
Agora, esse ponto de virada global para conter as maiores empresas de tecnologia finalmente aconteceu.