O leite tipo B sumirá das prateleiras dos supermercados brasileiros a partir de domingo. "Vamos retirar a produção do tipo de leite que não se usa mais; o leite B e C foram caindo em desuso", explicou o secretário substituto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques. O produto tipo C já não é mais encontrado no mercado há cerca de cinco anos.
Marques não soube dizer qual o volume exato da produção do leite do tipo intermediário no Brasil, mas disse que era um volume já muito pequeno. "Já era quase nada. Tinha mais em São Paulo", comentou. O leite pasteurizado tipo A precisa ser produzido, beneficiado e envasado em estabelecimento denominado "granja leiteira". O tipo B é produzido em estábulo leiteiro e beneficiado e envasado em usinas de beneficiamento ou entreposto-usina.
Nos dois casos, os locais devem atender a uma série de exigências estruturais, de higiene e de controles, inclusive em termos de sanidade do rebanho, e o leite deve ser registrado no serviço de inspeção. A classificação por letra não leva em conta o teor de gordura do produto. Isso é feito por meio de outra nomenclatura já bastante popularizada: integral, padronizado, semi desnatado ou desnatado.
O conceito de Leite tipo C remetia ao leite produzido nas fazendas leiteiras e beneficiado e envasado nas usinas de beneficiamento e entrepostos usinas. Este tipo de leite não possuía limites de qualidade para o produto cru. O leite C foi elaborado em um período em que a grande maioria do leite brasileiro era transportada em latões, sem refrigeração.
Com a publicação da Instrução Normativa número 51, de 2002, sobre o estabelecimento de padrões de qualidade para todo o tipo de leite cru, a implantação da refrigeração do leite na propriedade e a coleta a granel, o leite C perdeu o sentido de existir. Atualmente, o leite que não se classifica como A ou B é denominado apenas como leite pasteurizado, conforme a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura.