Líder republicano nos EUA vê acordo sobre dívida muito perto

Há meses a Casa Branca e o Congresso estão envolvidos em negociações para chegar a um acordo que permita elevar o teto da dívida pública.

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O líder republicano no Senado americano, Mitch McConnell, disse neste domingo que os negociadores do deficit dos Estados Unidos estão "muito perto" de chegar a um acordo de US$ 3 trilhões para elevar o teto da dívida do governo federal e evitar que o país entre em default (suspensão de pagamentos).

"Estamos muito perto de um acordo. Tivemos ontem um dia excelente", afirmou o senador, enfatizando que acredita que convencerá seus companheiros do Senado a aceitar o plano.

Em entrevista à rede "CNN", McConnell afirmou esperar que o acordo venha logo e que está confiante de que ele não elevará impostos, mas abrirá espaço para futuras reduções da dívida no futuro.

Segundo David Plouffe, conselheiro do presidente Barack Obama, este domingo será crucial para a obtenção de um acordo entre democratas e republicanos.

"Devemos encontrar uma solução. O dia de hoje é evidentemente crucial", disse Plouffe à "NBC".

Há meses a Casa Branca e o Congresso estão envolvidos em negociações para chegar a um acordo que permita elevar o teto da dívida pública dos EUA e, assim, evitar o risco de calote.

Nas últimas semanas, o presidente Barack Obama e líderes dos dois partidos --Democrata e Republicano-- se reúnem quase diariamente, mas ainda não conseguiram solucionar o impasse.

Analistas afirmam que o calote da dívida americana poderia provocar um salto da taxa de juros nos Estados Unidos e potencialmente ameaçar a recuperação econômica mundial.

A oposição republicana exige que um acordo para elevar o teto da dívida seja vinculado a cortes no orçamento americano, para reduzir o deficit recorde, calculado em cerca de US$ 1,5 trilhão (R$ 2,3 trilhões) para o ano fiscal que termina em setembro.

Apesar de representantes de ambos os partidos concordarem com a necessidade de reduzir gastos, há muitas divergências sobre o que cortar e que programas atingir.

Os republicanos se recusam a aceitar qualquer proposta que inclua aumento de impostos. Obama, no entanto, insiste na necessidade de acabar com cortes de impostos que beneficiam a camada mais rica da população, criados ainda no governo de George W. Bush.

Os democratas, por outro lado, relutam em tocar em programas sociais que os republicanos querem enxugar.

Se o Congresso falhar em aumentar o teto da dívida até 2 de agosto, atualmente em US$ 14,3 trilhões, os americanos podem enfrentar elevação da taxa de juros e a queda do dólar.

Com o aumento do custo das taxas de empréstimo, hipotecas e empréstimos estudantis ficarão mais caros e o efeito será sentido por grande parcela da população.

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