O lucro liquido do Banco do Brasil, anunciado nesta quinta-feira (17), de R$ 11,703 bilhões em 2010 foi o maior da história dos bancos, segundo aponta levantamento da consultoria Economatica, com base nos balanços apresentados à Comissão de Valores Mobililiários (CVM), em valores nominais.
Antes, o maior lucro da história dos bancos brasileiros havia sido registrado em 2009, também pelo Banco de Brasil, que chegou a R$ 10,148 bilhões, seguido pelo Itaú Unibanco, com R$ 10,067 bilhões, também em 2009.
Posição Banco Lucro líquido (em bilhões de R$) Ano em que foi registrado
1 Banco do Brasil 11,703 2010
2 Banco do Brasil 10,148 2009
3 Itaú Unibanco 10,067 2009
4 Bradesco 10,022 2010
5 Banco do Brasil 8,803 2008
6 Itaú 8,474 2007
7 Bradesco 8,012 2009
8 Bradesco 8,010 2007
9 Itaú 7,803 2008
10 Bradesco 7,620 2008
Fonte: Economatic
O Banco do Brasil fechou o quarto trimestre de 2010 com uma queda de 3,7% no lucro líquido na comparação anual. A maior instituição financeira do país teve lucro líquido de R$ 4,002 bilhões nos três últimos meses do ano passado.
Em todo o ano passado, a instituição teve lucro líquido de R$ 11,703 bilhões, após R$ 10,15 bilhões em 2009, crescimento de 15,3%.
As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 2,14 bilhões, uma queda de 27,4% sobre o quarto trimestre de 2009 e recuo de 19% ante o terceiro trimestre de 2010. No ano, essa linha de despesa caiu 8,2%.
Enquanto isso, o índice de inadimplência medido por operações de financiamento vencidas há mais de 90 dias foi de 2,3% no trimestre encerrado em dezembro, comparado a 3,3% no mesmo período de 2009 e 2,7% entre julho e setembro do ano passado.
A queda na inadimplência ocorreu junto com uma alta no nível de empréstimos do Banco do Brasil, cuja carteira de crédito cresceu 19% entre o final de 2009 e 2010, para R$ 358,4 bilhões.
Nos empréstimos concedidos pelo banco, destaca-se a alta de 32% no financiamento de veículos, para R$ 27,395 bilhões. No geral, o crédito à pessoa física avançou 23,2% sobre o final de 2009, enquanto à pessoa jurídica cresceu 19,5%. Em agronegócios, a carteira cresceu 12,9%, a R$ 75 bilhões.