Na quinta-feira (3), o presidente Lula (PT) assinou um projeto de lei que visa a criação da Alada, uma nova empresa aeroespacial que terá como base a NAV Brasil, estatal estabelecida durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A assinatura do projeto ocorreu em um encontro não agendado no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Defesa, José Múcio, e do comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno. A proposta será encaminhada ao Congresso para apreciação.
explorar a navegação aeroespacial
Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), a Alada tem como objetivo explorar economicamente a infraestrutura e a navegação aeroespacial, além de desenvolver projetos e equipamentos relacionados à área. Embora o texto do governo não tenha divulgado a estimativa de custos envolvidos na criação da nova estatal, a medida reflete uma demanda antiga da Aeronáutica, que busca maior agilidade na celebração de contratos com empresas estrangeiras.
pressão da Aeronáutica
Vale destacar que, ao assumir seu terceiro mandato, Lula reverteu algumas privatizações e cancelou outras propostas iniciadas por Bolsonaro, mas a criação da Alada marca a primeira estatal a ser instituída sob sua gestão. A NAV Brasil, por sua vez, foi criada em novembro de 2019, sob pressão da Aeronáutica, e desde então tem se consolidado como uma peça-chave na navegação aérea do país.
Em 2018, a Força Aérea Brasileira (FAB) já havia elaborado planos para criar uma empresa com custo inicial estimado em R$ 1 milhão, desburocratizar processos e facilitar a arrecadação de taxas. A nova estatal, portanto, é um desdobramento da discussão sobre a necessidade de fortalecer o setor aeroespacial brasileiro, com foco na redução de entraves burocráticos e no incremento de investimentos em programas espaciais.
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