Mantega declara que economia já cresceu 4% desde julho

Em Washington, ministro garante a investidores que Brasil seguirá com política fiscal atual mesmo em ano eleitoral.

Guido Mantega | Arquivo
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 O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira, em Washington, que a economia brasileira cresceu o equivalente a 4% desde julho deste ano. O comentário do ministro foi feito após um seminário destinado a investidores americanos intitulado Brazil: Overtaking the Crisis (Brasil: Superando a Crise, em tradução literal).

Em sua apresentação, Mantega afirmou que o Brasil, assim como a Índia e a China, começou a superar a crise econômica mais cedo que outras grandes economias, tendo registrado sinais de recuperação ainda no segundo trimestre deste ano.

O ministro também destacou que o Brasil pretende dar continuidade às políticas atuais, mesmo ao longo de 2010, que será ano da disputa eleitoral presidencial. "Eu já disse que vamos manter a conduta, o que tinha que aumentar, aumentou, e se tiver que reduzir, não os programas prioritários, outros gastos serão reduzidos. Eles (os investidores internacionais) olharam os gastos e ficaram satisfeitos", afirmou.

"Aventura"

O ministro procurou também tranquilizar investidores presentes no evento em Washington.

Mantega assegurou que o Brasil não vai fazer nenhuma "aventura" em relação ao câmbio flutuante do dólar. "Deu muito certo. Nós não vamos fazer nenhuma aventura em relação a isso. Estamos comprando reservas, vamos continuar comprando. Quando a crise começou, tínhamos US$ 205 bilhões em reservas. Hoje, já temos US$ 211 bilhões. Vamos continuar comprando". Segundo o titular da Fazenda, "ter reservas é muito bom para o país.

Faz muito bem, protege da crise, dá sustentabilidade. Passar por uma eleição em 2010 com um volume de reservas desses dá toda segurança que o país precisa". Mantega também procurou minimizar possíveis dúvidas quanto ao impacto fiscal das medidas de estímulo econômico tomadas pelo governo. Segundo o ministro, mesmo em um ano eleitoral, a dívida pública do país cairá, em 2010, para 38,5%, após ter alcançado a marca de 41,9% do PIB neste ano.

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