A prévia da inflação oficial do país, que é medida através da análise do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou um aumento de preços de 0,51% em maio. A taxa acaba sendo superior ao 0,43% observado no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A má notícia para os consumidores que fazem uso de medicamentos de forma contínua em todo o país é que a alta nos preços dos remédios (1,85%) foi um dos fatores que contribuíram para que a inflação do período subisse.
Junto com os remédios também contribuíram, de acordo com o IBGE, as altas de preços do cigarro (14,26%) e do feijão- carioca (15,3%). Todos foram responsáveis por quase metade da inflação medida pelo IPCA-15 em maio.
Contudo, a taxa do IPCA-15 em maio deste ano ficou abaixo do 0,7% registrado em maio de 2011. No acumulado de 2012, a taxa está em 2,39%, abaixo da registrada em igual período do ano passado. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação chega a 5,05% (inferior ao índice dos 12 meses imediatamente anteriores: 5,25%).
Na pesquisa semanal realizada nas três principais redes de farmácias, os preços se mantiveram estáveis em relação ao registrado na semana anterior. A Globo continuou com o posto de mais vantajosa para os consumidores, com total de (1.184,95), embora a diferença de preços entre uma farmácia concorrente e outra tenha diminuído de forma considerável.
A Big Ben ocupou o segundo lugar com total de (1.200,40), sendo que em vários outros levantamentos ocupou o posto de farmácia menos vantajosa, tendo se recuperado nesta edição da pesquisa e ficado em segundo lugar. Já as Farmácias Pague Menos ocuparam esta semana o posto de menos vantajosa com o total mais caro de (1.242,70).
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Químico-Farmacêutica, a produção nacional de fármacos abastece apenas 17% da demanda interna e se essa produção fosse aumentada, o preço dos remédios poderia cair, beneficiando os consumidores. Outro levantamento, da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades, aponta que 95% dos ativos farmacêuticos vêm de fora, encarecendo o produto final.