A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou nesta terça-feira (2) que o Índice de Medo do Desemprego (IMD) somou 75,3 pontos em setembro, com alta de 0,8% em comparação com junho deste ano - último levantamento que foi feito.
A pesquisa Termômetro da Sociedade Brasileira do terceiro trimestre deste ano foi feita com 2002 pessoas maiores de 16 anos entre os dias 17 e 21 de setembro, informou a entidade.
"Apesar da tendência de crescimento, o IMD continua próximo do menor valor da série: 71,6, apurado em setembro de 2011", acrescentou a CNI. Contra setembro do ano passado, o indicador acumula uma alta de 2%.
Para o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, o índice "ainda está baixo?. Segundo ele, o aumento registrado no terceiro trimestre pode ser resultado da retração da atividade industrial e das notícias sobre a redução do ritmo de expansão do emprego.
O aumento do indicador foi determinado, ainda de acordo com a Confederação Nacional da Indústria, pela mudança no sentimento dos residentes das Regiões Norte e Centro-Oeste. O Indicador dessas regiões subiu 15,1%, alcançando 86,2, enquanto os das demais regiões recuaram.
Satisfação com a vida
Mesmo com mais medo do desemprego, a CNI informou que os "brasileiros estão mais felizes". O Índice de Satisfação com a Vida (ISV), calculado pela entidade, cresceu 1,7% de junho para setembro deste ano e é o terceiro maior da série, que começou em 2003.
O Índice de Satisfação com a Vida subiu de 104,2 pontos em junho para 106 pontos em setembro, revelou a CNI. O ISV de setembro está entre os mais elevados da série, perdendo apenas para os índices de dezembro de 2008 (106,3) e de setembro de 2010 (106,5), acrescentou a entidade.
O levantamento revela que as pessoas que ganham mais de cinco salários mínimos são as mais satisfeitas com a vida.
Na avaliação de Renato da Fonseca, o "baixo Índice do Medo do Desemprego, associado à elevada satisfação com a vida, indica que as pessoas estão dispostas a manter o nível de consumo, o que é favorável para a economia".
Ele avaliou que o "medo do desemprego é maior entre quem está mais satisfeito com a vida, porque há uma tendência das pessoas temerem a perda do que conquistaram".