Meirelles afirma que Brasil é destaque internacional

Ele afirmou que marco regulatório do país pode ser aperfeiçoado

Meirelles | Arquivo
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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (26) que o bem-sucedido modelo de regulação financeira do Brasil delegou ao país papel de destaque nas discussões sobre o assunto no cenário internacional, mas ressaltou que o êxito obtido não deve justificar uma acomodação.

"O sucesso não deve conduzir o país à leniência, pelo contrário, deve nos conduzir para nos mantermos à frente. Aprendermos com as lições [...] e nos mantermos em segurança de que, se vier uma crise tão forte ou maior do que esta, o Brasil mais uma vez vai ter condições de sair com a sua economia e o bem-estar da população preservados", afirmou.

Resistência

Meirelles reiterou que o Brasil mostrou nesta crise capacidade de resistência e reação muito rápidas e afirmou que "isso é reconhecido mundialmente". De acordo com ele, isso é resultado de condições macroeconômicas, situação prudência e condições de resolução da crise.

O presidente do BC também destacou que a vantagem do país em relação a outras economias é a concentração das funções de controle e acompanhamento do sistema financeiro em um só órgão, enquanto outras nações têm duas ou mais instituições executando isso, o que pode afetar a identificação e reação. "A concentração em uma mesma instituição de forma coordenada e transparente mostrou-se vital em momentos de crises. Isso foi um importante aparato para o Brasil enfrentar a crise com sucesso", enfatizou.

Regulação

Meirelles acrescentou que a experiência bem sucedida do país o transformou em integrante do debate sobre regulação financeira pós-crise. "E, em alguns momentos, [o país] lidera o processo", afirmou, listando que o Brasil hoje integra o Conselho de Estabilidade Financeira, o Comitê da Basiléia e é convidado importante de fóruns e seminários sobre o assunto.

Ao comentar a proposição legislativa para atualizar a legislação sobre intervenção, liquidação e falência de instituições financeiras, colocada em audiência pública pelo BC na semana passada, ele destacou que vai aperfeiçoar cada vez mais a regulação do sistema financeiro brasileiro. "Essa proposta engloba medidas preventivas, saneadoras sistêmicas e de proteção de depositantes", afirmou. "É um processo de aperfeiçoamento do aparato regulatório brasileiro."

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