Soja, minério de ferro e agora petróleo. As exportações brasileiras de petróleo para a China dispararam para atender o voraz apetite do gigante asiático por matérias-primas. Preocupados em garantir seu suprimento, os chineses também já dão os primeiros passos na exploração e produção do óleo no País. Os especialistas apostam que a presença chinesa só tende a crescer com os novos negócios do pré-sal.
De janeiro a outubro, a China comprou 179,5 mil barris de petróleo por dia do Brasil, o que significa 125% a mais que em igual período do ano anterior. A receita gerada atingiu US$ 3,18 bilhões. Considerados os embarques diretos, o país asiático é o principal cliente do país e já recebe mais petróleo que os Estados Unidos, que importaram 157 mil barris por dia do Brasil, 5% a menos. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Uma parte do petróleo que é vendido pela Petrobras nos Estados Unidos, no entanto, segue via Santa Lucia, uma pequena ilha no Caribe, que redistribui o produto para outros destinos. A empresa não informou porque faz essa alteração na rota. Foram embarcados para Santa Lucia 97,8 mil barris por dia de janeiro a outubro, uma queda de 33%.
O aumento dos embarques de petróleo para a China é consequência do contrato entre Petrobras e Sinopec. A estatal brasileira comprometeu-se a vender, a preços de mercado, 150 mil barris por dia para a companhia chinesa. No ano que vem, o volume subirá para 200 mil barris por dia. Esse contrato funciona com uma garantia para o empréstimo de US$ 10 bilhões que o China Development Bank concedeu à Petrobras.