A taxa Selic deve continuar crescendo ao longo de 2022, com a perspectiva de fechar o ano a 11,75%. É o que avalia o Banco Central, no primeiro Boletim Focus de 2022, periódico semanal que traz previsões importantes dos índices econômicos como o câmbio, IPCA e IGP-M. A última vez que um ano se encerrou próximo deste nível foi em 2017.
A elevação ou queda da taxa Selic é realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a cada 45 dias. Na última reunião realizada em dezembro de 2021, o Copom elevou a taxa básica de juros para 9,25% ao ano. Esse foi o sétimo reajuste consecutivo na taxa Selic, depois de passar seis anos sem elevação.
Neste ano, vão acontecer 8 reuniões do Comitê, sendo a primeira delas nos dias 1 e 2 de fevereiro.
Impactos da elevação da Taxa Selic
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em períodos de queda da taxa Selic, o crédito se torna mais acessível, estimulando o consumo da população. Contudo, juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo, além de dificultar a recuperação da economia.
O problema de ter a taxa Selic com valores acima de dois dígitos é que as coisas ficam mais caras, prejudicando principalmente a população mais pobre. Neste ano, o salário mínimo foi reajustado apenas levando em consideração a inflação, sem receber um aumento real.
Com informações de Terra