Mesmo com recessão técnica no país, 10 mil empresas foram criadas em 2014 no Piauí

De acordo com a Junta Comercial do Piauí, uma das principais razões para esse índice é a Lei da Falência, que auxilia pequenas empresas que estão com problemas financeiros

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Apesar de o país ter entrado em recessão técnica após baixas na economia, o Piauí parece não ter sentido os resultados negativos nos últimos meses. De janeiro a agosto de 2014 já são 10 mil novas empresas em todo o Estado, aliado ao fato de que a Junta Comercial do Piauí (Jucepi) não tem qualquer informação de falência dessas empresas.

O bom momento pode ser sentido também com o sucesso dos programas de fomento aos microempreendedores, segmento que alavanca os bons índices. A expectativa para o último trimestre do ano continua sendo positiva, visto que em comparação ao mesmo período do ano passado os números convergem para uma tendência de elevação.

Lei da Falência está ajudando empresários

Segundo o presidente da Jucepi José Eduardo Pereira parte dos expressivos resultados se deve à Lei da Falência, que ajuda empresas em situação de risco, ajudando na recuperação e reinserção no mercado.

"Existe uma nova política, todo empreendimento com dificuldades passa pelo Poder Judiciário, que orientará os proprietários no sentido de recuperar a empresa, tirando-as da situação falimentar", conta.

A ação vem dando certo e tem dado margem a gráficos crescentes. "Sempre quando o processo se encerra nós recebemos a informação da decretação da falência, mas até o momento não nos chegou nada do tipo", afirma.

Pereira ainda destaca que mesmo as empresas em crise demoram até quatro anos para encerrarem as atividades, já que, hoje em dia, existe um trabalho focado na permanência desses empreendimentos, ilustrada no resgate das vagas de emprego.

Com esse plano de atuação, o incentivo é preservado de maneira que a atividade econômica não sofra prejuízos. "Por incrível que pareça, mesmo com a notícia da recessão técnica, continuamos registrando um aumento na quantidade de empresas no Piauí. Desde o início de 2014 existe esse incremento", aponta.

O presidente da Junta, contudo, previne para um possível reflexo com o passar dos meses. "Essa retração ainda não nos atingiu, porém pode ser que venha a ser sentido mais à frente", limita.

Chegando ao fim do ano, período marcado por festas e grande movimentação no comércio, o Piauí terá que criar cerca de 4,5 mil empresas para atingir o índice de 2013 (14,5 mil), José Eduardo Pereira considera provável e ressalta a sua postura otimista. "A estimativa é que vamos igualar ou até mesmo ultrapassar esse número", finaliza.

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