Ministro Pimentel diz que real não voltará a ser uma moeda fraca

Segundo ele, é “determinação do governo brasileiro trabalhar para melhorar essa situação

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel | Divulgação
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, reconheceu nesta quarta-feira o impacto da desvalorização do dólar na indústria brasileira, ao mesmo tempo que declarou que o real não voltará a ser uma moeda fraca.

A reclamação com o câmbio valorizado é constante entre industriais, que apontam a falta de competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional e em relação a similares importados.

"Países fortes, e hoje o Brasil é um país forte, têm moedas fortes, então não vamos esperar que o real vá se desvalorizar de uma hora para a outra, vai voltar a ser uma moeda fraca, uma moeda desvalorizada. Não vai", disse Pimentel em entrevista ao programa Bom Dia Ministro.

Segundo ele, é "determinação do governo brasileiro trabalhar para melhorar essa situação (de sobrevalorização do real)". Ele comentou que o governo deve tomar medidas nesse sentido, sem no entanto detalhá-las.

Nos últimos meses, diversas medidas foram adotadas para tentar conter a queda do dólar , como aumento da alíquota de IOF sobre as compras de bens e serviços com cartões de crédito no exterior.

As ações, no entanto, tiveram ação limitada. Em 2011, a cotação do dólar chegou ao menor valor desde agosto de 2008.

"(O dólar) não precisa estar e não deve estar num patamar de desvalorização tão alto quanto este que estamos agora, que prejudica a produção nacional", disse. "Os industriais e os produtores têm razão quando se queixam da taxa de câmbio no patamar em que ela está agora."

Pimentel afirmou que a queda do dólar é um fenômeno global, resultado da política norte-americana de desvalorizar sua moeda como uma das medidas para recuperar a economia doméstica após uma crise financeira global. "Esse é um ponto que não podemos contornar".

No programa, o ministro destacou ainda a viagem da presidente Dilma Rousseff à China, na semana passada, da qual ele participou.

Entre os pontos, sublinhou um "notável destravamento" no comércio bilateral, como a liberação a alguns frigoríficos brasileiros para exportar carne suína à China.

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