Modelos começam a trabalhar cedo e, quando a carreira chega ao fim, é difícil recomeçar em uma nova área.
"Quem deixa de ser modelo não vai ser médica ou advogada ou contadora. Não dá para chegar com o currículo e pedir um emprego", diz Gabi Rebeschini, modelo que vive em Nova York.
Segundo ela, muitas deixam de trabalhar: "São bonitas e escolhem um marido".
Ela e duas outras colegas, Amanda Salvato e Marina Theiss, preferem não revelar a idade, mas dizem já terem passado dos 25 e resolveram fazer uma transição de carreira virando empreendedoras: lançaram um site de venda de roupas de segunda mão chamado Top Swap. Funciona assim: a cada mês elas fazem um evento para o qual chamam suas amigas (a maioria, modelos).
Nos encontros, as convidadas trocam peças de roupas que não querem mais. Itens que não são trocados são destinados à venda -primeiro, no próprio evento, depois, no site (elas fotografam e precificam as peças).
E é com essa venda que o Top Swap gera receita.
Salvato reconhece que existem outros sites como o delas. A vantagem deste negócio, afirma, são os contatos. "Somos modelos há mais de dez anos, conhecemos muitas meninas", diz. As festas com trocas contam com cerca de 60 modelos, fotógrafos e estilistas.
O nome do site faz referência ao universo em que as três vivem, de produtos e modelos "top". "Quem compra nossas roupas quer ser como a gente é", diz Salvato que, além de ser modelo e empresária, cursa marketing digital nos EUA.
O Top Swap existe há um ano. Elas não revelam qual foi a receita até o momento, mas dizem que tudo foi reinvestido na própria marca.