Francisca Gomes de Araújo Gonçalves, moradora de Ceilândia Sul, no Distrito Federal, é um exemplo do que os números mostram. Quando iniciou seu negócio de venda de cosméticos em 1999, conseguiu seu primeiro empréstimo por meio do Programa Providência, instituição operadora de microcrédito, o que possibilitou a compra dos produtos à vista, com desconto, para venda direta na própria residência. "Os empréstimos bancários têm juros muito altos e o microcrédito é um parceiro para a família. Aqui em casa, meu esposo também é microempreendedor, graças ao microcrédito", destaca.
O microcrédito, além de possibilitar a conciliação da vida familiar com a profissional, pode contribuir com projetos solidários para a geração de renda. A catarinense Nilséia Calisto, em 2004, apenas com a ajuda do esposo, percorria as ruas de Navegantes, em Santa Catarina, coletando materiais recicláveis. Com o empréstimo do PNMPO, a empreendedora conseguiu comprar uma carroça e expandir seu negócio. "Para nós foi tudo. Foi a realização do nosso sonho. Se não tivesse tido o crédito, a gente não teria nada", conta Nilséia, ressaltando a importância do financiamento do MTE para a expansão do negócio que, além de melhorar a renda e a qualidade de vida da família, hoje possibilita ainda ajudar outras 19 famílias e cerca de 140 pessoas que integram a Associação de Agentes de Reciclagem de Navegantes.