Mulher ganha R$369,19 menos que homem

Jornada de trabalho remunerado menor e ocupação em vagas precárias contribuem

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A desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil diminuiu 2,9% em seis anos, mas a remuneração média feminina ainda é R$ 369,19 menor que a masculina, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Aplicadas). O resultado leva em conta o rendimento médio dos homens e das mulheres entre 2002 e 2008, atualizado com base na inflação do período. Em 2002, as mulheres recebiam R$ 612,16 enquanto os homens ganhavam R$ 918,18. Seis anos depois, os valores passaram para R$ 700,88 (mulheres) e R$ 1.070,07 (homens). Algumas causas dos diferenciais de rendimento estão na jornada de trabalho remunerado menor, no caso das mulheres, e na própria ocupação de postos precários e que pagam mal. Outro fator que se refere à baixa representação das mulheres em cargos de comando está relacionado à quantidade de horas dedicadas aos afazeres domésticos. Com a jornada de trabalho extensa no lar, as mulheres preferem ocupar vagas precárias para ter mais tempo para trabalhar em casa. A probabilidade das mulheres serem promovidas também é inferior à dos homens – mesmo em empresas multinacionais, nas quais já existe uma distribuição entre os cargos por gênero. Também há evidência de que, ao menos nas empresas nacionais, as mulheres levam mais tempo para serem promovidas do que os homens.

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