O diretor financeiro da Apple, Peter Oppenheimer, vai se aposentar e passar o bastão para Luca Maestri em setembro, encarregando o executivo nascido na Itália de um caixa acumulado do tamanho da economia do Vietnã e da difícil tarefa de atender às expectativas de Wall Street.
Maestri, de 50 anos, nascido em Roma, vai assumir num momento em que a Apple está numa encruzilhada. Investidores continuam a pedir que a empresa dê melhor uso a seu capital acumulado, de 160 bilhões de dólares, do que simplesmente deixá-lo no exterior enquanto rivais como Google e Facebook desembolsam dezenas de bilhões de dólares na aquisição de companhias de tecnologia de ponta, como Nest e WhatsApp.
Administrar as expectativas exageradas dos investidores pode se tornar mais difícil à medida que a Apple ?diante de um crescimento menor da receita e de competidores mais agressivos? mergulha mais fortemente em mercados de maior crescimento, mas margens menores, como a China, dominada por fabricantes de produtos de preços mais baixos, como Huawei e Xiaomi.
"Maestri vai assumir esse papel em um período interessante, quando a Apple está no meio do lançamento de mais serviços e provavelmente precisa convencer os investidores de que tem fluxos de receita mais consistentes em um mercado comoditizado de smartphones", escreveu o analista do Barclays Ben Reitzes na terça-feira.
"Nós conhecemos Maestri bem e acreditamos que ele vai endossar planos consistentes para retorno de capital e uma condução cuidadosa e exequível."
A expectativa é que Maestri, que trabalhou em países como Brasil e Tailândia, não procure fazer mudanças radicais na estratégia de retorno de capital da fabricante do iPhone.