Na última terça-feira (17), o plenário do Congresso aprovou o parecer final do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013, que prevê, entre outros pontos, o reajuste do salário mínimo, dos atuais R$ 622 para R$ 667,75.
O projeto ainda depende da sanção da presidente Dilma Rousseff, mas o Jornal Meio Norte já foi às ruas e às redes sociais repercutir o assunto. O que a população acha do novo salário previsto para o ano que vem?
Os taxistas Pedro Alcântara Júnior, José Antônio Soares e Raimundo Nonato Oliveira são enfáticos ao afirmar que, mesmo com o aumento, o salário continua muito aquém das necessidades dos brasileiros. "As leis preveem que o cidadão tem direito à alimentação, à saúde de qualidade e a uma série de outros pontos.
Mas o salário não garante nada disso", afirmou Pedro Júnior. "Há poucos dias, vimos a ex-mulher do ex-presidente Fernando Collor dizer na TV que a pensão que ela recebe, que é de R$ 18 mil, é pouco.
Enquanto isso, o salário mínimo permanece muito abaixo do que o povo realmente precisa", complementou José Soares. "A situação de quem mora de aluguel é ainda mais difícil", lembrou Raimundo Nonato.
A vendedora Ana Paula Santana também manifestou o desejo de ver o salário mínimo alcançar patamares mais elevados. "O que dá para fazer com um aumento de pouco mais de R$ 45 ? Praticamente nada. Meu desejo é de que o mínimo chegasse a pelo menos R$ 700, ou seja, um aumento mais significativo".
O advogado trabalhista Raphael Barbosa elencou alguns efeitos que podem aparecer com o reajuste. "Os aumentos sucessivos do salário mínimo contribuem para o aumento do desemprego em alguns setores específicos, como indústrias, onde há deflação, e empregados domésticos.
A indústria está com queda nas vendas, e o aumento do salário mínimo em janeiro poderá incidir no aumento de demissões", disse ele.