O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional na última terça-feira, 31, o projeto da Lei Orçamentária Anual divulgado pelo Ministério da Economia. Nele, consta a proposta de reajuste do salário mínimo para 2022, que terá valor de R$ 1.169.
A quantia é R$ 69 mais cara que o piso atual, estipulado em R$ 1.100. O valor equivale a uma alta pouco maior que 6,2%. O percentual é o mesmo da previsão do Ministério da Economia para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, o que impõe um reajuste salarial sem ganho real para o trabalhador.
2016: Reajuste de 11,6% ajustando o salário mínimo para R$ 880;
2017: Reajuste de 6,48% ajustando o salário mínimo para R$ 937;
2018: Reajuste de 1,81% ajustando o salário mínimo para R$ 954;
2019: Reajuste de 4,61% ajustando o salário mínimo para R$ 998;
2020: Reajuste de 4,7% ajustando o salário mínimo para R$ 1.045;
2021: Reajuste de 5,22% ajustando o salário mínimo para R$ 1.100.
2022: Reajuste de 6,2% ajustando o salário mínimo para R$ 1.169 (previsão).
Dados do Departamento Intersindical de e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que o salário mínimo é utilizado como referência para 50 milhões de Estatística pessoas no país, sendo 24 milhões delas beneficiárias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Do total de segurados, 70% recebem o benefício do INSS no valor de um salário mínimo. Neste caso, se a atual projeção se valer, a maioria dos aposentados e pensionistas da autarquia vão receber na folha de pagamento a partir de 2022 a quantia de R$ 1.169.
No caso daqueles que recebem o teto do INSS, a quantia máxima paga aos cotistas da instituição, o valor pode chegar a R$ 6.843,07 no ano que vem.
Além de estabelecer um novo patamar salarial aos segurados do INSS, o aumento de cada R$ 1 no salário mínimo implica em despesa extra para o governo. Para se ter uma ideia, em 2020, os gastos foram de aproximadamente R$ 315 milhões. Um aumento de quase R$ 70, previsto para janeiro, representará uma despesa extra de cerca R$ 22 bilhões.