No mês de abril, a inadimplência bateu recorde e atingiu total de 66.132.670 brasileiros que estavam com o nome no vermelho. Trata-se do maior número da série histórica da Serasa Experian, iniciada em 2016.
Desde o início do ano, mais de 2 milhões de brasileiros se tornaram inadimplentes. Ao todo, eram R$ 271,6 bilhões em dívidas entre os inadimplentes.
Segundo o economista da Serasa, Luiz Rabi, a instabilidade econômica do país vem afetando grande parte da população.
"No entanto, algumas ferramentas como o saque extraordinário do FGTS e a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados podem e devem ser utilizadas para reorganizar as finanças pessoais, amenizar dívidas e tentar tirar o nome do vermelho”, afirmou em nota o economista da Serasa, Luiz Rabi.
De acordo com o economista Luiz Rabi, o aumento da inadimplência ao decorrer de 2022 era uma movimentação esperada, mas existem fatores que podem auxiliar o consumidor nessa situação.
Bancos e cartões têm 28,1% dos débitos
Com relação ao perfil das dívidas, os segmentos de Bancos e Cartões possuem 28,1% dos débitos, enquanto contas básicas como água, luz e gás representam 22,9%.
Na comparação com abril de 2021, o setor de Financeiras foi o que teve maior aumento na participação de inadimplência, indo de 9,6% para 12,4%.
“As financeiras costumam oferecer crédito para perfis de risco, como os de consumidores inadimplentes. Por isso, quanto mais instável ficar o cenário econômico, mais a inadimplência desse setor tende a crescer”, explica Rabi, em nota,
Já o recorte por faixa etária mostra que os inadimplentes estão, em sua maioria, nas faixas de 26 a 60 anos de idade (35,2%) e de 41 a 60 anos (34,8%). (Fonte: G1)