Os preços mundiais dos alimentos subiram em janeiro pela primeira vez em seis meses, uma consequência principalmente das más condições meteorológicas, anunciou nesta quinta-feira (9) a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Em janeiro, o índice estabelecido pela FAO registrou alta de 2% na comparação com dezembro, o que representa o primeiro aumento desde julho. O resultado, no entanto, foi de 214 pontos, bem abaixo do recorde absoluto de fevereiro de 2011, quando o índice chegou a 236 pontos.
Todos os produtos alimentares estão incluídos, começando pelos óleos e seguidos de perto pelos cereais, açúcar, os produtos lácteos e a carne.
"O tempo ruim que afeta atualmente regiões produtoras cruciais como a América do Sul e a Europa teve um papel e continua sendo uma fonte de preocupação", explicou o economista da FAO Abdolreza Abbassian.
"No entanto, não há uma explicação única. Estão em um jogo fatores diferentes em cada tipo de produto", advertiu.
O nível do dólar e dos preços do petróleo, geralmente envolvidos nos aumentos, não parece ter desempenahdo um papel importante em janeiro.
O índice dos preços de açúcar subiu 2,2%, mas continua sendo inferior em 20% ao nível de janeiro de 2011. O aumento se deve fundamentalmente ao tempo ruim no Brasil, o maior produtor e exportador mundial.