As micro e pequenas empresas (MPEs) registraram crescimento no faturamento real de 12,9%, em fevereiro de 2010, na comparação com o mesmo mês em 2009. Trata-se do quinto mês consecutivo com aumento na receita real, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior.
Em fevereiro deste ano, todos os setores apresentaram crescimento de faturamento: indústria (+22,4%), comércio (+10,7%) e serviços (+10,5%) comparados ao mesmo mês do ano anterior.
Na evolução de janeiro para fevereiro de 2010, o faturamento teve alta de 2,3%. Com esses resultados, as MPEs fecharam o 1º bimestre de 2010 com aumento de 9,6% na receita real, sobre o 1º bimestre de 2009. A receita total das pequenas empresas em fevereiro de 2010 é avaliada em R$ 21,8 bilhões, levando em conta o universo de 1.326.354 de micro e pequenas empresas no Estado. A estimativa do faturamento médio por empresa em fevereiro de 2010 foi de R$ 16.445,71.
Para o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, o resultado do estudo está associado à retomada das atividades das empresas de micro e pequeno porte: "O ritmo é de recuperação econômica. É um momento oportuno para ampliar o ambiente favorável aos pequenos negócios, com instrumentos como desburocratização, microcrédito e políticas de compras governamentais.
Nesse sentido, o Sebrae-SP vem promovendo esforços para que os municípios regulamentem suas leis gerais para as MPEs. "No estado de São Paulo, 102 municípios já regulamentaram a legislação em favor dos pequenos negócios".
Regiões - O interior de São Paulo teve o melhor desempenho no comparativo de fevereiro entre 2009 e 2010 com aumento de 14,5% no faturamento. Nas demais regiões analisadas pelo estudo permanece o viés de alta: Município de São Paulo (13,3%), Região Metropolitana de São Paulo (11,4%) e Grande ABC (10,7%)
Expectativas - Quanto às expectativas para os próximos seis meses, 35% dos proprietários de MPEs declararam esperar aumento no faturamento da empresa e 52% informaram esperar manutenção no nível de receita do negócio, nos próximos seis meses. Em março de 2010, proporção dos informantes que não souberam avaliar como evoluirá a receita da empresa subiu a 11%%, diante dos 6% constatados em fevereiro.
Segundo o Sebrae-SP, é provável que a tendência de aumento dos juros básicos (taxa Selic), a expectativa de crescimento de inflação e as turbulências nas economias do sul da Europa tenham contribuído para esse aumento no nível de incerteza. De acordo com o consultor do Sebrae-SP, Pedro Gonçalves, apesar desse aumento da incerteza, os proprietários de MPEs se mantêm relativamente otimistas, inclusive quanto ao nível de atividade na economia: 88% dos proprietários de MPEs acreditam em manutenção ou melhora no nível de atividade econômica.
Em São Paulo, existem 1,3 milhões de micro e pequenas empresas, 98% do total de empresas formais, que ocupam de cinco a seis milhões pessoas, 67% do pessoal ocupado no setor privado. Nas entrevistas para composição dos Indicadores Sebrae-SP são entrevistados proprietários de 2.716 (MPEs), em parceria com a Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados).
Veja o estudo completo em Conhecendo as MPEs/Indicadores http://www.sebraesp.com.br/conhecendo_mpe/indicadores