As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 90% dos empregos líquidos ? resultado total menos as demissões ? gerados em junho. Dos 123.836 postos de trabalho criados no sexto mês do ano, os pequenos negócios empregaram 111.033 pessoas, as médias e grandes empresas, 11.555, e a Administração Pública, 1.248.
Se comparado com maio, houve um aumento de 38,3% na abertura de novos postos de trabalhos pelas empresas de pequeno porte.
Para o presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e à Pequena Empresa), Luiz Barretto, os levantamentos mensais feitos pela instituição com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), reforçam uma tendência.
"Há muitos anos, os pequenos negócios têm comprovado sua importância na manutenção e impulsão da economia brasileira. Tenho certeza de que as micro e pequenas empresas continuarão a sustentar a geração de empregos no país nos próximos meses", afirma.
O Sudeste continua sendo a região com o melhor resultado do país, apesar do Espírito Santo ter sido o único estado que teve saldo negativo de 1.600 postos de trabalho. Em junho, a região foi responsável por cerca de 65 mil novas vagas, o que representa 58,54% do total de empregos gerados pelos pequenos negócios.
Minas Gerais, pelo segundo mês consecutivo, lidera o ranking dos estados brasileiros na formalização de empregos, com um pouco mais de 33 mil contratações. Ainda com relação às regiões, o Nordeste e o Sul ficaram, respectivamente, em segundo e terceiro lugares.
Todos os setores da economia computaram saldo positivo de geração de empregos pelos pequenos negócios, mas serviços, desde novembro do ano passado, tem sido o principal empregador no país.
Em junho, mais de 42 mil pessoas conseguiram uma vaga nesse segmento, sendo que quase 40% estão trabalhando em atividades ligadas à comercialização e administração de imóveis, hospedagens e alimentação.
Junho também foi o segundo mês consecutivo que o setor de agropecuária ocupa a vice-liderança em número de postos de trabalho. A maioria das 29,5 mil novas vagas desse setor foi criada nas culturas de café e laranja e nas atividades de apoio à agricultura.
"Há dois meses, grande parte dos empregos gerados na região Sudeste são desse setor, que é essencial para o desenvolvimento social e econômico brasileiro. Minas Gerais é um dos maiores produtores de café do país. Isso explica também porque o estado lidera as contratações do último bimestre", assinala Barretto.