Os bloqueios nas rodovias, realizadas desde segunda-feira (31), em várias regiões do Brasil têm o potencial de afetar significativamente a atividade comercial no País. Esta é a percepção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que destaca que o movimento pode ocasionar perdas superiores às registradas por ação similar em 2018.
Na época, a paralisação causou retração de 5,8% no volume de vendas, com perda diária de R$ 1,8 bilhão. O custo total para o varejo, em valores atuais, foi de R$ 18 bilhões, contabilizados ao longo dos 10 dias de bloqueios em 2018.
Para a CNC, agrava o cenário do setor a maior dependência que as empresas passaram a ter de serviços de entregas, uma vez que passaram a operar com estoques reduzidos.
A Confederação acrescenta que o registro dessas perdas tende a ser gradual, na medida em que o varejo conta com estoques que, dependendo da duração dos bloqueios, serão consumidos até a normalização do fluxo de mercadorias. Mas observa que as perdas não se restringem à fonte de receitas, impactando também a elevação dos custos, especialmente, daqueles relacionados ao transporte.
De acordo com o IPCA, em maio de 2018, a redução dos estoques levou o preço da gasolina a subir 3,34% e do óleo diesel, 6,16%.