A Petrobrás prevê investimentos de R$ 94,6 bilhões em 2014, sendo 64% no segmento de Exploração e Produção. O número representa queda de 9% na comparação com o ano passado, quando os investimentos somaram R$ 104,4 bilhões, sendo 57% na área de E&P.
A produção de derivados neste ano será de 2.148 mbpd, aumento de 1% na comparação com 2013 (2.124 mbpd). A produção de diesel deve crescer 7%, para 908 mbpd. A produção de gasolina deve chegar neste ano em 408 mbpd, ante os 491 mbpd de 2013 - queda de 17%.
A meta do Procop, programa de otimização de custos, neste ano é de chegar a R$ 7,3 bilhões, ante os R$ 6,6 bilhões realizado em 2013. A meta do ano passado era de R$ 3,9 bilhões.
Os dados foram apresentados pela presidente da Petrobrás, Graça Foster, em teleconferência com analistas para detalhar os resultados da companhia em 2013 e os planos até 2030. Um dia após a divulgação do balanço, as ações da empresa operam em queda desde a abertura do mercado. No ano, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobrás acumulam recuo de cerca de 18%.
Reajuste ajuda, mas não impede queda no lucro
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Dívida. A forte elevação do endividamento da Petrobrás em 2013 foi explicada principalmente pela valorização do dólar ante o real, do patamar de R$ 1,90 para o nível de R$ 2,40, destacou Graça Foster. Como 82% da dívida da Petrobrás é denominada em moeda estrangeira, sendo 76% em dólar, a variação cambial tem "impacto muito grande" nos indicadores da companhia, segundo Graça Foster.
A executiva lembrou que o endividamento líquido da companhia, em dólares, saltou de US$ 72,3 bilhões em 2012 para US$ 94,6 bilhões em 2013, uma variação de US$ 22,3 bilhões, ou 31%.
Ao ressaltar a cobrança, feita pelo Conselho de Administração e incluída no Plano de Negócios 2014-2018, de a Petrobrás retornar os indicadores de endividamento para os limites estabelecidos pela companhia em até 24 meses, a presidente da estatal afirmou que o importante é haver reversão na trajetória. "O importante é mostrarmos uma reversão da trajetória desses indicadores. E que, em 24 meses, tenhamos atingido esse limites", afirmou há pouco a executiva em teleconferência com analistas para detalhar os resultados da companhia em 2013 e os planos até 2030.
Segundo o Plano de Negócios, as metas a serem cumpridas em até 24 meses são ter alavancagem líquida menor que 35% na relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, e relação entre dívida líquida e Ebitda de 2,5 vezes. A Petrobrás encerrou o ano passado com essa relação em 3,5 vezes.