Petrobras planeja maior oferta de ações da história

A empresa disse que pode vender lotes suplementar e adicional com mais 564 milhões de ações preferenciais e ordinárias.

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A Petrobras informou nesta sexta-feira que planeja vender 2,27 bilhões de novas ações ordinárias e 1,59 bilhão de novas ações preferenciais para financiar seu plano de investimentos de US$ 224 bilhões. A transação poderia chegar a um valor estimado em R$ 128,3 bilhões, ou US$ 74,5 bilhões ao câmbio atual, levando em conta os preços de fechamento das ações na quinta. Seria de longe a maior oferta de ações da história, deixando em segundo lugar a operação da Nippon Telegraph and Telephone, que levantou US$ 36,8 bilhões.

A empresa disse que pode vender lotes suplementar e adicional com mais 564 milhões de ações preferenciais e ordinárias.

Apesar do tamanho, a oferta ficou ainda um pouco aquém do valor total que havia sido autorizado por acionistas da companhia para o negócio, de até R$ 150 bilhões.

O governo dispõe de um total R$ 74,8 bilhões para participar da operação, resultado da venda de petróleo das reservas da União à estatal, a chamada cessão onerosa.

Como possui aproximadamente um terço do capital total da companhia, o governo federal deverá responder por aproximadamente R$ 38 bilhões do valor total da oferta e ficará com um "crédito" de mais de R$ 36 bilhões para comprar eventuais sobras da operação, caso uma parte dos acionistas não controladores não exerça o direito de preferência de comprar as ações que lhes correspondem.

Analistas e especialistas do setor financeiro acreditam que haverá uma quantidade significativa de sobras.

Com a mega venda de ações, a Petrobras busca recursos para financiar seu agressivo plano de exploração das grandes reservas de petróleo descobertas na região do pré-sal, sobretudo na bacia de Santos.

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