Com uma produção de banana, maracujá, goiaba, limão, acerola, mamão e uva, o Perímetro Irrigados Platôs de Guadalupe gera para o município e região cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos. Segundo Erinaldo Luiz da Silva, presidente da Associação Central dos Irrigantes do Perímetro Irrigado dos Platôs de Guadalupe, que conta com 118 irrigantes filiados, o projeto tem relevância econômica e social para cidade, colocando Guadalupe como destaque no PIB do Piauí, em 10º lugar no Estado. “O projeto é um grande empregador e injeta dinheiro no município”, informa.
Além do impacto econômico e social para cidade, por conta do perímetro irrigado, a cidade conta com uma escola técnica agrícola, com cursos voltados para o setor agrícola.
Segundo Erinaldo, são 2.600 hectares e o projeto do perímetro irrigado ainda não foi concluído. Falta terminar o primeiro setor, cerca de 600 hectares, o que possibilitaria um aumento considerável da produção. Ele ainda explica que ainda falta toda a segunda etapa, com 10 mil hectares. “Desta etapa falta tudo, pois só tem concluídos os canais e casas de bomba", informa.
Cada irrigante é responsável pela produção e venda
Projeto de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Erinaldo diz que os agricultores aguardam a conclusão de todo o perímetro.
No perímetro, cada irrigante é responsável pela produção e venda. “A Associação só administra e mantém o projeto”, diz Erinaldo, afirmando que o Ministério da Agricultura presta assistência e também fiscaliza a produção.
Ao falar da comercialização, Erinaldo disse que a produção do Platôs de Guadalupe é vendida para o mercado interno e também para o Distrito Federal, Pará, Tocantins e Maranhão e a meta é alcançar o mercado internacional. “Queremos vender em dólar”, afirma Erinaldo.
A meta para este ano, segundo Erinaldo, é manter os negócios, pagar as contas. “Do jeito que está atualmente, com o aumento do custo de produção ficou difícil. O custo da produção triplicou, principalmente o preço dos insumos, energia elétrica e combustível”, comenta.
Diferencial na economia
Há 15 anos produzindo de forma mais intensa, o projeto Platôs de Guadalupe é um diferencial para economia da região. A cada ano, os irrigantes procuram aperfeiçoar e melhorar a produção. Erinaldo explica que a produção de uva, por exemplo, ainda está na fase de experimento com três a quatro safras. Mas a meta é ampliar e conquistar mercado.
Ao falar da quantidade de chuvas na região, Erinaldo diz que como homem do campo, chuva nunca é demais. “Só dá um pouco mais de trabalho”, diz, enfatizando que neste ano tem chovido bem e houve dia que chegou a cair 140 mm de água. “De outubro até agora choveu mais de 1000 mm e a média anual de todo período chuvoso é de 1200 a 1300 mm”, conta.