Piauí tem queda no déficit habitacional

Em 2004, 184.839 famílias piauienses não possuíam moradia

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Construir 100 mil moradias é uma das principais metas do Governo do Estado do Piauí. A proposta pode parecer ousada, mas uma pesquisa recente mostra que a expectativa é viável. A Fundação João Pinheiro, em trabalho realizado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, revelou que mais de 45 mil unidades habitacionais foram erguidas nos primeiros três anos do atual Governo.

Em 2004, 184.839 famílias piauienses não possuíam moradia. Esse número foi reduzido para 165.177 em 2006 e no ano seguinte passou para 158.331. Em 2007, o déficit habitacional do Piauí caiu para 139.318. Ainda não há uma pesquisa sobre o número de habitações construídas de lá para cá, mas o Governo do Estado calcula que mais de 75 mil famílias foram contempladas com moradias nos últimos oito anos.

Para o diretor geral da ADH, Marcelino Fonteles, o Piauí vive uma revolução na política habitacional. ?Em 2003, a meta do Governo era construir 30 mil casas. Em 2010, devemos completar a faixa de 100 mil moradias construídas em oito anos. Mas só estamos conseguindo realizar essa proeza graças à população que cobra, que exige e não nos deixa descansar nessa grande missão?, concluiu.

O Governo credita essa conquista ao esforço coletivo de diferentes órgãos e instituições, como a própria ADH, Emgerpi, Programa de Combate à Pobreza Rural, Secretaria de Defesa Civil e Incra, além das Prefeituras, entidades populares e iniciativa privada.

Marcelino Fonteles aponta uma mudança no modelo de gestão como o carro-chefe dessa significativa queda no déficit. ?Não adianta deixar nas mãos do mercado a responsabilidade pela construção de casas populares. Nesse caso, o Estado tem que intervir. Estamos proporcionando financiamento acessível a famílias que jamais poderiam pagar por um imóvel nas condições apresentadas pelo mercado. É importante lembrar também que as prestações mínimas que essas famílias pagam por suas casas são destinadas ao Fundo Nacional de Habitação para propiciar novos empreendimentos?, explica.

Destaque

O Piauí é destaque no cenário nacional da Habitação. Prova disso é que o maior conjunto habitacional do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de todo o país está sendo executado em Teresina. A obra consiste na construção de 4.300 casas no bairro Santa Maria da Codipi, Zona Norte da capital. Desse total, cerca de 1.500 já estão em fase de conclusão.

De acordo com Marcelino Fonteles, uma importante iniciativa que veio para alavancar ainda mais o setor foi o programa Minha Casa, Minha Vida, que destina mais de 1 bilhão de reais para a construção de 22.837 unidades habitacionais, além de 3.200 casas para famílias piauienses alagadas. ?Esse é um número desafiador, mas o Piauí tem um Governo ousado e, por isso, queremos chegar a 40 mil casas só através desse programa?, enfatiza.

No último dia 22 de setembro, a ADH sorteou os primeiros empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida no Piauí. Os conjuntos Sigrefredo Pacheco I e II, Wilson Martins Filho e Torquato Neto beneficiarão 2 mil famílias. Segundo a ADH, esse foi o primeiro sorteio de unidades habitacionais do programa de todo o país.

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