O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na noite de segunda-feira (12) que a economia brasileira cresceu cerca de 1% no terceiro trimestre deste ano, acelerando o ritmo em relação ao segundo trimestre, mas ainda sem ver uma retomada do investimento.
"Nesse segundo semestre, estamos melhor do que no primeiro semestre, que foi fraco. O terceiro trimestre, cujo resultado sairá em breve, vai mostrar já um crescimento de cerca de 1%. Resultado que anualizado vai dar crescimento de 3,5%, 4%", disse o ministro.
Essa expansão da atividade, segundo ele, está sendo acompanhada por aumento do consumo de carros, de eletroeletrônicos e material de construção, áreas que o governo buscou estimular através de redução de impostos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística irá divulgar os dados sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do período de julho a setembro em 30 de novembro. O governo tem reforçado que o fraco crescimento ficou relegado ao primeiro semestre. No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,4% sobre o período de janeiro a março.
Como projeta uma aceleração gradual da atividade, a expectativa é ter condição de crescer mais 4% em 2013, conforme havia dito o ministro mais cedo durante evento no Rio de Janeiro.
Na entrevista à "Globonews", Mantega repetiu que para alcançar a expansão desejada para a economia no ano que vem o investimento precisa crescer entre 8% e 10% sobre 2012. Porém ele admitiu que no terceiro trimestre não houve retomada do investimento, o que deve estar ocorrendo nesses últimos três meses de 2012.
"Ainda não conseguimos motivar o investimento, provavelmente o investimento irá reagir no quarto trimestre", disse Mantega, sem dar mais detalhes. O ministro voltou a afirmar que a Europa atravessa uma crise crônica com perspectiva de baixo crescimento, mas sem a ocorrência de um agravamento da atual condição.
"A Europa vai empurrando com a barriga (a solução para a crise). Os dirigentes demoram muito para implementar políticas", afirmou. "Eles são muito demorados e enrolados, mas a crise não vai se agravar, vai continuar com crescimento baixo e vai aumentar o desemprego", emendou.