PIB deve crescer entre 0,5% e 1% este ano

Fundo garantidor de crédito deve ser anunciado na próxima semana

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta sexta-feira (31) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer entre 0,5% e 1% este ano. Ele acredita em um resultado mais próximo de 1%. "A economia está indo bem, em plena recuperação, e o país voltou a crescer", disse. Coutinho afirmou ainda que o fundo garantidor de crédito para micro e pequenas empresas, que será dirigido pelo BNDES, deve ser anunciado na próxima semana.

O fundo começará com R$ 700 milhões, montante que, segundo Coutinho, deve ser suficiente para atender às demandas dos empresários até o fim do ano. "O fundo receberá aportes do governo ao longo do tempo e contará com a participação dos bancos comerciais", explicou. O executivo ressaltou que o governo deve criar dois fundos garantidores de crédito, cada um com capacidade de financiamento próxima a R$ 4 bilhões.

Bancos

O presidente do BNDES também exortou os bancos comerciais a aumentarem a concessão de crédito para empresas, especialmente as micro e pequenas. "Os bancos estão ultracapitalizados, sólidos e têm condições de aumentar a concessão de crédito do país", comentou. "A economia brasileira está bem, voltou a crescer rapidamente, tem boas perspectivas de expansão de longo prazo e a inadimplência deve cair. Portanto, há condições favoráveis para o aumento do crédito do país".

Na avaliação de Coutinho, na medida em que os juros reais estão próximos a um nível de 4,5% ao ano e ainda podem baixar mais, o Brasil consolida uma posição mais próxima das taxas praticadas no exterior. "E os juros mais baixos vieram para ficar", afirmou. Segundo ele, o país entrou em um novo ciclo de desenvolvimento, marcado por inflação sob controle, equilíbrio das contas públicas, contas externas sólidas e juros reais baixos.

Porém, ele avalia que os bancos comerciais podem colaborar mais nesse novo processo de desenvolvimento do país com a redução dos spreads (diferença entre o custo pago pelo banco para captar recursos e o juro que ele cobra dos clientes), que vêm caindo, mas ainda estão elevados. O presidente do BNDES destacou que o crédito é essencial para os investimentos, que são o principal elemento para gerar empregos, elevar a produção e aumentar a renda da população.

O presidente do BNDES elogiou a condução da política monetária pelo Banco Central (BC) que, para ele, está atuando de forma exemplar. "Os juros só podem cair quando há controle da inflação e, nessa questão, o BC está atuando de forma muito competente", afirmou. O presidente do BNDES participa hoje do seminário ABC do Desenvolvimento e do Crédito, que acontece em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

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