PIB do Piauí tem crescimento de 5,37%

O Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí em 2007 teve variação real da ordem de 2,0%

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A Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram, na manhã desta quarta-feira, 18, no auditório da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), a avaliação das contas regionais (PIB estadual), referente ao ano de 2007.

Na oportunidade, o superintendente da Cepro, Oscar de Barros, divulgou, também, a estimativa do PIB estadual referente ao ano de 2008, calculado com metodologia própria da Cepro. Ao divulgar os resultados, Barros disse que o Piauí apresenta crescimento sólido. "O Piauí cresce num ritmo que aponta para a estabilidade econômica", enfatiza o superintendente.

O secretário de Planejamento, Sérgio Miranda, participou da solenidade de divulgação dos números, juntamente com representantes do IBGE. Avaliação do PIB Em 2007, a economia do Nordeste manteve sua participação em 13,1% da economia brasileira, participação registrada desde 2005.

Quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo) que compõem a Região Sudeste concentram 56,4% de toda a riqueza gerada no país. Em 2007, a taxa de crescimento do PIB brasileiro foi de 6,1%. A média do crescimento da região Nordeste ficou em 4,8%, influenciado principalmente pelos estados do Maranhão (9,1%), Sergipe (6,2%), Pernambuco (5,4%), Bahia (5,3%) e Ceará (3,3%). Nos demais estados da Região a taxa de crescimento ficou na casa de 2%.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí em 2007 teve variação real da ordem de 2,0%. Entre os anos de 2002 - 2007, o Estado acumulou um crescimento de 26,7%, sendo no período o quarto maior crescimento da Região Nordeste e o 12º entre os estados brasileiros. Em média, o Estado cresceu a uma taxa anual de 4,45%. Analisando a produção de bens e serviços em 2007, constata-se que a taxa de crescimento real do Estado de 2,0% foi impulsionada, sobretudo, pelas atividades industriais que nesse mesmo ano obtiveram um bom crescimento,Indústria de Transformação (6,3%), Construção Civil (6,2%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública - Siup (6,5%).

O setor de Intermediação Financeira, Seguros e Previdência cresceu 10,9% contribuindo sobremaneira para a taxa final do Estado. O Produto Interno Bruto - PIB do Piauí a preço de mercado corrente atingiu o montante de R$ 14.136 bilhões, contra R$ 12.790 bilhões em 2006, representando 0,53% do PIB do Brasil.

A renda per capita estadual em 2007 foi de R$ 4.662,00, enquanto a do Brasil no mesmo período foi de R$ 14.465,00 e a do Nordeste de R$6.749,00. Os setores econômicos que mais agregaram valores ao PIB Estadual em 2007 foram: Serviços (R$9.432,08 bilhões); seguido do Setor Industrial(R$2.134,95 bilhões); e do Setor Agropecuário (R$1.035,97 bilhão).

Agropecuária

As previsões iniciais para 2007 indicavam excelentes perspectivas para a safra de grãos, no entanto, os resultados obtidos revelaram uma produção abaixo da estimativa feita no início do ano. O fraco desempenho do setor está ligado à redução da área plantada das culturas oleaginosas, às condições climáticas desfavoráveis e à queda nos índices de produtividade.

A estiagem de 2007 interrompeu uma sequência de dois anos de colheitas superiores a um milhão de toneladas de grãos. A queda na produção de cereais foi da ordem de 38,32%. No caso do milho (-25,5%), a queda na produção gerou escassez do produto no Estado, e, consequentemente, elevação nos preços. A queda na produção do arroz (25,2%) é decorrência dos longos períodos de estiagem nas principais zonas tradicionalmente produtoras dessa cultura. As culturas de feijão e mandioca também experimentaram forte retração na produção -42,7% e -9,7% respectivamente.

O desempenho da produção de soja está ligado aos veranicos e estiagens prolongadas que ocorreram quando mais a cultura precisava de água para o preenchimento de seus grãos, ou no momento da frutificação. O comportamento dessas culturas influenciou significativamente na redução da participação da agricultura na economia piauiense (5,48% em 2006 e 4,47% em 2007). A mamona, apesar de ser uma cultura pouco exigente quanto às precipitações pluviométricas, à qualidade do solo e ter forte incentivo dos governos federal e estadual, teve retração expressiva na produção (56,3%). O algodão herbáceo teve um crescimento na safra da ordem de 10,1%.

As indústrias têxteis localizadas nas regiões produtoras têm representado um forte incremento da demanda. A pecuária e a pesca observaram retração na taxa de crescimento da ordem de -5,2%, as principais quedas ocorreram no rebanho bovino -5,5%, aves -3,1% e no rebanho suíno -14,1%.

A diminuição do rebanho bovino provavelmente esteja associada aos problemas ligados à febre aftosa, motivo de diversos embargos comerciais dentro e fora do País. Indústria O Setor Industrial, que representa 16,94% do PIB, foi o que observou melhor desempenho em 2007. A Construção Civil que representa 6,52% do PIB do Estado, em 2007 cresceu 6,2%.

Esse crescimento pelo lado da iniciativa privada é reflexo, principalmente, do processo de urbanização de Teresina, notadamente, pelos inúmeros prédios residenciais que foram construídos. Pelo lado do setor público o crescimento é decorrente da conclusão de obras de pavimentação de rodovias, que em 2007 importaram na quantia de R$ 40,2 milhões, melhoria e ampliação da malha viária, melhoria da infraestrutura urbana de pequenos municípios como pavimentação poliédrica, construção de açudes e praças e também pelo impulso na política estadual de moradia, que viabilizou vários programas voltados à construção e melhoria habitacional. A título de ilustração do comportamento da construção civil no período, o consumo de cimento teve um incremento da ordem de 15,99%.

A Indústria de Transformação corresponde 6,42% da Economia Estadual e registrou no período um crescimento de 6,3%, motivado principalmente pelos gêneros de Biocombustíveis; Produtos para Agropecuária; Minerais não Metálicos; Produtos Alimentares; Bebidas; Material de Transporte; Móveis; Metalúrgica; e Artigo de Borracha. Os gêneros de Matérias Plásticas, Couros e Peles e Têxteis experimentaram retração. Os Serviços Industriais de Utilidade Pública cresceram 6,5%, o destaque foi a distribuição de água e luz.

No período a geração de energia elétrica experimentou retração. A Indústria Extrativa Mineral foi a única atividade do Setor Industrial a apresentar decréscimo no volume da produção -6,1%. Serviços No Setor Serviços, Alojamento e Alimentação (-1,9%), e Serviços Prestados ?as famílias (-2%) foram os únicos subsetores que registraram queda em 2007.

No caso de Alojamento e Alimentação o índice foi puxado para baixo pela atividade de Alimentação, Alojamento cresceu no período 24,4%. Em 2007, os maiores aumentos foram registrados nos setores de Serviços Domésticos (14,9%) e Financeiro (10,9%). Os subsetores de maior peso na Economia Estadual, Comércio e Administração Pública, apresentaram taxas de crescimento muito baixas 0,6% e 0,64%, respectivamente. Merece destaque o crescimento das atividades de Aluguel (5,8%), Serviços Prestados às Empresas (4,5%), Serviços de Informação (4,0%) e Transporte (3,6%) que tiveram um bom desempenho em 2007. Na atividade de Transporte o destaque é o transporte aéreo que cresceu 28,3% no período.

Estimativa do PIB para 2008

A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí para 2008 resultou numa variação real da ordem de 5,52% e nominal em torno de 16,44%. O valor nominal do PIB de 2008, de acordo com a estimativa realizada, ficou em R$ 14.915 bilhões, com diferença de R$ 780 milhões em relação a 2007 (R$ 14.135 bilhões).

Se essa previsão se consolidar, entre os anos de 2002 - 2008, o Estado acumula um crescimento de 32,22%. A média anual de crescimento fica em 5,37%. Com esse resultado, o PIB de 2008 é maior em 100,88% que o alcançado em 2002 (R$ 7.425). Analisando o comportamento do Valor Adicionado, a indústria se destaca com crescimento em torno de 12,83%, em especial a construção civil que teve variação de 15,46%.

A taxa de crescimento real para o setor de serviços de 4,19% é influenciada pela participação do comércio com variação de 8,20%. Já o setor agropecuário alcança uma taxa de apenas 2,55%. Com tais resultados o PIB Per Capita de 2008 é de R$ 4.781 com acréscimo de R$ 119 em relação a 2007 (R$ 4.662).

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