A economia dos Estados Unidos encerrou o ano de 2010 com expansão de 2,9% na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Departamento de Comércio do país. Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA havia registrado contração de 2,6%.
A expansão anual é a maior desde 2005, quando a economia do país cresceu 3,1%. Os dados divulgados nesta sexta são uma estimativa preliminar e ainda passarão por duas revisões.
A alta do PIB em 2010 reflete principalmente contribuições positivas de investimentos privados, exportações, consumo pessoal, investimentos não residenciais e gastos do governo. Mas as importações, que refletem negativamente sobre o PIB, também cresceram.
4º Trimestre
No último trimestre do ano passado, a expansão da economia foi de 3,2%, em termos anualizados, frente aos três meses anteriores. No terceiro trimestre, a alta ficara em 2,6%.
O destaque ficou com a retomada do gasto do consumidor, que aumentou a uma taxa anualizada de 4,4% nos três meses até dezembro, a melhor leitura em pelo menos quatro anos.
Custo da mão de obra
Também nesta sexta, o Departamento do Trabalho informou que o custo da mão de obra nos Estados Unidos cresceu 0,4% no quarto trimestre. Os salários subiram 0,4% no período e os custos dos benefícios também aumentaram 0,4% em relação ao trimestre anterior.
Na comparação com o quarto trimestre de 2009, os custos de mão de obra subiram 2%, um dos menores ganhos anuais desde que a série histórica começou, em 1982. Os custos dos benefícios continuaram a subir mais rapidamente que os custos dos salários, crescendo 2,9% em base anual.
O único ano em que os custos do salários subiram em um ritmo menor foi o de 2009, quando houve alta de 1,4%. Na época, o desemprego elevado causado pela recessão deixou os trabalhadores com pouco poder de barganha.